A engenharia de pesca é um ramo da engenharia e das ciências biológicas aplicadas que desempenha atividades referentes ao aproveitamento dos recursos naturais aquáticos, a cultura e utilização da riqueza biológica dos mares, ambientes estuarinos, lagos e cursos d'água, através da aquicultura, da pesca e do beneficiamento do pescado e da tecnologia do pescado, envolvendo a mitigação de impactos ambientais negativos para cuidar da preservação e dos estoques pesqueiros e da conservação da própria fauna aquática. Além de desenvolver novos produtos, atua em toda a infra-estrutura da indústria pesqueira, como também, em projetos de cunho social (extensão pesqueira), visando o benefício de pescadores, trabalhadores e profissionais que mexem com o pescado.[1]
Aplica conhecimentos da biologia e das ciências exatas para implantar ou desenvolver novas técnicas que permitam melhorar os resultados das atividades pesqueiras e aquícolas. Pode ainda projetar indústrias pesqueiras e fazendas de cultivo de organismos aquáticos (piscicultura, carcinicultura, malacocultura, entre outras), bem como, usar a biotecnologia para extração de substâncias destes organismos, como, por exemplo, substâncias de algas de valor comercial (algacultura), beneficiando indústrias alimentares, farmacêuticas e até cosméticas; além do uso da termodinâmica para fazer manutenção de maquinário dentro de indústrias pesqueiras ou em uma aquicultura (extensão rural), e dos conceitos da química e da bioquímica para a conservação do pescado (tecnologia do pescado) e criação de novos produtos, visando a utilização total do pescado (extraído ou cultivado), como criação de biocombustível, aditivos industriais, etc.