Estupros de guerra são violações ou outras formas de violência sexual cometidas por soldados, outros combatentes ou civis durante conflitos armados ou guerras, ou durante ocupação militar, que distinguem-se das agressões sexuais e estupros entre as tropas durante o serviço militar.[1][2] Também são abrangidas as situações em que homens e mulheres são forçados a se prostituir ou à escravidão sexual por uma potência ocupante, como no caso das mulheres de conforto dos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial.[3][4]
Durante a guerra e conflitos armados o estupro é frequentemente utilizado como um meio da guerra psicológica, a fim de humilhar o inimigo e minar sua moral. Violações de guerra são muitas vezes sistemáticas e exaustivas, e os líderes militares podem realmente incentivá-las. As violações de guerra podem ocorrer em uma variedade de situações, incluindo escravidão sexual institucionalizada, estupros associados a batalhas específicas ou massacres e atos individuais ou isolados de violência sexual. As violações de guerra também podem incluir estupros com objetos. Com base em uma prática generalizada e sistemática, estupro e escravidão sexual são agora reconhecidos pela Convenção de Genebra como crimes contra a humanidade e crimes de guerra.[5]
O estupro também pode ser reconhecido como genocídio quando cometido com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo-alvo. Os instrumentos jurídicos internacionais para processar os perpetradores de genocídio foram desenvolvidos na década de 1990, com o caso Akayesu, do Tribunal Penal Internacional para o Ruanda, geralmente considerado um precedente. No entanto, até agora, esses instrumentos jurídicos têm sido usados apenas para conflitos internacionais, deixando assim o ônus da prova a quem citar a natureza internacional do conflito para que o processo continue.[6]