Faringite

Faringite
Faringite
Inflamação e vermelhidão causadas por faringite viral.
Especialidade Infectologia
Sintomas Garganta inflamada, febre, corrimento nasal, tosse, dor de cabeça, rouquidão[1][2]
Complicações Sinusite, otite média[2]
Duração 3–5 dias[2]
Causas Geralmente infeções virais[2]
Método de diagnóstico Baseado nos sintomas, exame rápido de antígenos, recolha de esfregaço da garganta[2]
Condições semelhantes Epiglotite, tiroidite, abcesso retrofaríngeo[2]
Tratamento Anti-inflamatórios não esteroides, lidocaína[2][3]
Frequência ~7,5% da população em cada trimestre[4]
Classificação e recursos externos
CID-10 J02, J31.2
CID-9 462, 472.1
CID-11 1791890273
DiseasesDB 24580
MedlinePlus 000655
eMedicine emerg/419
MeSH D010612
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Faringite é uma infecção respiratória caracterizada por inflamação da parte posterior da garganta, denominada faringe.[5][2] Os sintomas mais evidentes são a inflamação da garganta e febre.[2] Entre outros sintomas estão corrimento nasal, tosse, dor de cabeça e rouquidão.[1] Os sintomas geralmente manifestam-se durante três a cinco dias. As complicações podem incluir sinusite e otite média aguda.[2]

A maior parte dos casos são causados por uma infeção viral. Cerca de 25% dos casos em crianças e 10% em adultos são causados pela bactéria Streptococcus pyogenes, infeção que é denominada faringite estreptocócica.[2] Entre outras possíveis causas, mas pouco comuns, estão bactérias como a gonorreia, fungos, substâncias irritantes como o fumo, alergias e doença de refluxo gastroesofágico.[2][3] Em pessoas com sintomas evidentes de infeção viral, como no caso de uma constipação, não se recomenda a realização de exames específicos. Nos restantes casos, recomenda-se a realização de um exame rápido de antígenos ou a recolha de um esfregaço para análise. Entre outras condições que podem produzir sintomas semelhantes estão a epiglotite, tiroidite, abcesso retrofaríngeo e, ocasionalmente, doenças cardiovasculares.[2]

As dores podem ser aliviadas com anti-inflamatórios não esteroides, como o ibuprofeno.[2] A lidocaína de aplicação tópica pode também ser benéfica.[3] As infeções bacterianas são geralmente tratadas com antibióticos como a penicilina ou a amoxicilina.[2] Não é ainda claro se os corticosteroides são ou não benéficos na faringite aguda para além de, possivelmente, nos casos mais graves.[6][7]

A faringite é a causa mais comum de inflamações da garganta.[8] A cada trimestre, cerca de 7,5% da população contrai uma faringite.[4] Em média, cada adulto contrai uma inflamação da garganta entre duas e três vezes por ano e uma criança cinco vezes por ano.[9][1] Em qualquer intervalo de três meses, cerca de 7,5% da população mundial apresenta uma faringite.[10] O termo tem origem na palavra grega pharynx, ou faringe, e no sufixo -ite, que significa "inflamação".[11][12]

  1. a b c Rutter, Paul Professor; Newby, David (2015). Community Pharmacy ANZ: Symptoms, Diagnosis and Treatment (em inglês). [S.l.]: Elsevier Health Sciences. p. 19. ISBN 9780729583459 
  2. a b c d e f g h i j k l m n o Hildreth, AF; Takhar, S; Clark, MA; Hatten, B (Setembro de 2015). «Evidence-Based Evaluation And Management Of Patients With Pharyngitis In The Emergency Department.». Emergency medicine practice. 17 (9): 1-16; quiz 16-7. PMID 26276908 
  3. a b c Weber, R (março de 2014). «Pharyngitis.». Primary care. 41 (1): 91-8. PMID 24439883 
  4. a b Jones, Roger (2004). Oxford Textbook of Primary Medical Care (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press. p. 674. ISBN 9780198567820. Consultado em 4 de agosto de 2016 
  5. «Pharyngitis». National Library of Medicine. Consultado em 4 de agosto de 2016 
  6. Principi, N; Bianchini, S; Baggi, E; Esposito, S (fevereiro de 2013). «No evidence for the effectiveness of systemic corticosteroids in acute pharyngitis, community-acquired pneumonia and acute otitis media.». European journal of clinical microbiology & infectious diseases : official publication of the European Society of Clinical Microbiology. 32 (2): 151-60. PMID 22993127 
  7. Hayward, G; Thompson, MJ; Perera, R; Glasziou, PP; Del Mar, CB; Heneghan, CJ (17 de outubro de 2012). «Corticosteroids as standalone or add-on treatment for sore throat.». The Cochrane database of systematic reviews. 10: CD008268. PMID 23076943 
  8. Marx, John (2010). Rosen's emergency medicine: concepts and clinical practice 7th ed. Philadelphia, Pennsylvania: Mosby/Elsevier. Chapter 30. ISBN 978-0-323-05472-0 
  9. Tamparo, Carol (2011). Fifth Edition: Diseases of the Human Body. Philadelphia, PA: F.A. Davis Company. 356 páginas. ISBN 978-0-8036-2505-1 
  10. Jones, Roger (2004). Oxford Textbook of Primary Medical Care (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press. p. 674. ISBN 9780198567820. Consultado em 4 de agosto de 2016 
  11. Beachey, Will (2013). Respiratory Care Anatomy and Physiology,Foundations for Clinical Practice,3: Respiratory Care Anatomy and Physiology (em inglês). [S.l.]: Elsevier Health Sciences. p. 5. ISBN 0323078664 
  12. Hegner, Barbara; Acello, Barbara; Caldwell, Esther (2009). Nursing Assistant: A Nursing Process Approach - Basics (em inglês). [S.l.]: Cengage Learning. p. 45. ISBN 9781111780500 

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