Febre amarela | |
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Eletromicrografia de transmissão do vírus da febre amarela | |
Sinónimos | Peste amarela[1] |
Especialidade | Infectologia |
Sintomas | Febre, calafrios, dores musculares, pele amarela[2] |
Complicações | Insuficiência hepática, hemorragias[2] |
Início habitual | 3-6 dias após exposição[2] |
Duração | 3-4 dias[2] |
Causas | Vírus da febre amarela transmitido por mosquitos[2] |
Método de diagnóstico | Análises ao sangue[3] |
Prevenção | Vacina contra febre amarela[2] |
Tratamento | Cuidados de apoio[2] |
Frequência | ~127 000 casos graves (2013)[2] |
Mortes | 5 100 (2015)[4] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | A95 |
CID-9 | 060 |
CID-11 | 383352795 |
DiseasesDB | 14203 |
MedlinePlus | 001365 |
eMedicine | med/2432 emerg/645 |
MeSH | D015004 |
Leia o aviso médico |
Febre amarela é uma doença viral aguda causada pelo vírus da febre amarela.[2] Na maior parte dos casos, os sintomas incluem febre, calafrios, perda de apetite, náuseas, dores de cabeça e dores musculares, principalmente nas costas.[2] Os sintomas geralmente melhoram ao fim de cinco dias.[2] Em algumas pessoas, no prazo de um dia após os sintomas melhorarem, a febre regressa, aparecem dores abdominais e as lesões no fígado causam icterícia.[2] Quando isto ocorre, aumenta o risco de insuficiência renal.[2]
O vírus da febre amarela é transmitido pela picada de um mosquito fêmea infetado.[2] A febre amarela infeta apenas seres humanos, outros primatas e várias espécies de mosquitos.[2] Nas cidades é transmitida principalmente por mosquitos da espécie Aedes aegypti.[2] O vírus é um vírus ARN do género Flavivirus.[5] Pode ser difícil distinguir a febre amarela de outras doenças, principalmente nos estádios iniciais.[2] Para confirmar um caso suspeito, é necessário analisar o sangue através de reação em cadeia da polimerase.[3]
Está disponível uma vacina segura e eficaz contra a febre amarela. Alguns países exigem que os viajantes sejam vacinados.[2] Entre outras medidas para prevenir a infeção está a diminuição da população dos mosquitos que a transmitem.[2] Em áreas onde a febre amarela é comum e a vacinação pouco comum, o diagnóstico antecipado e a vacinação de grande parte da população é essencial para prevenir surtos.[2] O tratamento de pessoas infetadas destina-se a aliviar os sintomas, não existindo medidas específicas eficazes contra o vírus.[2] A segunda fase da doença, mais grave, provoca a morte de metade das pessoas que não recebem tratamento.[2][6]
Em cada ano, a febre amarela causa 200 000 infeções e 30 000 mortes,[2] das quais cerca de 90% ocorrem em África.[3] Nas regiões do mundo onde a doença é endémica, vivem cerca de mil milhões de pessoas.[2] É comum nas regiões tropicais da América do Sul e de África, mas não na Ásia.[2][7] Desde a década de 1980 que o número de casos de febre amarela tem vindo a aumentar.[2][8] Acredita-se que isto seja devido à diminuição do número de pessoas imunes, ao aumento da população urbana, ao aumento do número de viagens e às alterações climáticas.[2] A doença teve origem em África, de onde se espalhou para a América do Sul através do comércio de escravos no século XVII.[1] Desde então que têm ocorrido vários surtos da doença na América, em África e na Europa.[1] Nos séculos século XVIII e século XIX, a febre amarela era uma das mais perigosas doenças infeciosas.[1] Em 1927, o vírus da febre amarela foi o primeiro vírus humano a ser isolado.[5][9]