Fortaleza dos Cavaleiros Krak des Chevaliers Crac des Chevaliers Crac de l'Ospital حصن الفرسان حصن الأكراد | |
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Fortaleza do sudoeste | |
Localização atual | |
Localização da Fortaleza dos Cavaleiros na Síria | |
Coordenadas | 34° 45′ 25″ N, 36° 17′ 40″ L |
País | Síria |
Altitude | 210 m |
Dados históricos | |
Fundação | 1031 |
Abandono | 1271 |
Notas | |
Acesso público |
Fortaleza dos Cavaleiros (em francês: Krak des Chevaliers ou Crac des Chevaliers); em árabe: حصن الفرسان), também chamada Fortaleza dos Curdos (em árabe: حصن الأكراد; romaniz.: Ḥoṣn al-Akrād) e Fortaleza do Hospital (em francês: Crac de l'Ospital), é um castelo cruzado na Síria e um dos mais importantes castelo medievais preservados. O sítio foi ocupado pela primeira vez no século XI por um assentamento de tropas curdas aquarteladas lá pelos mirdássidas do Emirado de Alepo. Como resultado, foi conhecido como Fortaleza dos Curdos. Em 1142, foi dado pelo conde Raimundo II aos hospitalários. Ficou sob controle deles até sua queda em 1271, pelo que ficou conhecido como Fortaleza do Hospital; o nome Fortaleza dos Cavaleiros foi cunhado no século XIX.
Os cavaleiros começaram a reconstruí-lo nos anos 1140 e concluíram as obras cerca de 1170, quando um terremoto danificou-o. A ordem controlou alguns castelos junto a fronteira do Condado de Trípoli, fundado após a Primeira Cruzada, e a Fortaleza dos Cavaleiros estava entre os mais importantes e agiu como centro de administração e base militar. Após uma segunda fase de construção realizada no século XIII, tornou-se um castelo concêntrico. Essa fase criou a muralha exterior e deu ao castelo sua aparência atual. A primeira metade do século foi descrita como sua "Idade de Ouro". No seu zênite, abrigou uma guarnição de cerca de 2 000 cavaleiros. Tamanha guarnição permitiu aos hospitalários coletar tributo de ampla área. Desde os anos 1250, a sorte dos hospitalários acabou e em 1271 o sultão Baibars capturou-a após cerco de 36 dias, supostamente através de uma carta forjada que parecia ser do grão-mestre dos hospitalários, levando à rendição dos cavaleiros.
O interesse renovado nos castelos cruzados no século XIX levou à sua investigação, e planos arquitetônicos foram feitos. No fim do século XIX ou início do XX, um assentamento foi criado dentro dela, causando danos à estrutura. Os 500 locais foram removidos em 1933 e a fortaleza foi dado à França, que encabeçou programa de limpeza e restauração. Quando a Síria tornou-se independente em 1946, assumiu o controle. Hoje, uma vila chamada Hucém existe no entorno e tem população de cerca de 9 000 pessoas. A fortaleza está situada cerca de 40 quilômetros a oeste de Homs, perto da fronteira com o Líbano, e faz parte da província de Homs. Desde 2006, ela a Fortaleza de Saladino foram reconhecidas pela UNESCO como Património Mundial. Foi parcialmente danificado na Guerra Civil Síria por bombardeios e recapturas pelas forças do governo sírio em 2014. Desde então, obras de reconstrução e conservação começaram no sítio. Relatórios da UNESCO e do governo sírio sobre o estado do sítio são produzidos anualmente.