Garcia Fernandes

Nota: Este artigo é sobre o pintor português; para o nobre homônimo, veja Garcia Fernandes, conde de Castela; para outros significados, veja Garcia Fernandes (desambiguação).


Garcia Fernandes
Garcia Fernandes
Anjo da Anunciação, c.1531 Museu de Machado de Castro
Nome completo Garcia Fernandes
Nascimento 1514
Portugal
Morte 1565
Portugal
Nacionalidade Portugal Portuguesa
Ocupação Pintor
Movimento estético Renascimento e Maneirismo

Garcia Fernandes (Portugal, c.1514 - c. 1565) foi um pintor português de meados do século XVI.

Foi aluno da Oficina de Jorge Afonso, tendo aí colaborado com outros artistas do período manuelino como Gregório Lopes, Cristóvão de Figueiredo, Pero Vaz e Gaspar Vaz. Jorge Afonso tinha-o em alta conta, como se conclui do facto de haver dito ao rei D. Manuel I que ele poderia vir a ser um novo Francisco Henriques.

Em 1518-1519, juntamente com Gregório Lopes, Cristóvão de Figueiredo e outros, entre os quais sete pintores flamengos, trabalhava nas obras da Relação de Lisboa, sob a chefia de Francisco Henriques. Este mestre teria falecido em 1518, vítima da peste, e Garcia Fernandes comprometeu-se a casar com uma das suas filhas, com que teve, pelo menos, nove filhos, sucedendo a Francisco Henriques na chefia da obra da Relação, o que constitui prova de grande prestígio de que já desfrutava. Foi-lhe então prometido ser nomeado passavante, mas viu-se preterido nesta pretensão por António de Holanda. Cerca de 1519, já casado, continuava a obra de Francisco Henriques, completando o coruchéu do Limoeiro.

Em 1533-1534, em conjunto com Cristóvão de Figueiredo e Gregório Lopes, e ainda com Cristóvão de Utreque, encontrava-se em Lamego, onde produziu três retábulos para o Mosteiro de Ferreirim.

Numa petição apresentada em 1540 ao rei D. João III, queixando-se da falta de cumprimento de promessas que lhe haviam sido feitas, diz ter trabalhado nas obras de Coimbra (Mosteiro de Santa Cruz e Universidade de Coimbra), na Igreja de São Francisco em Évora (três painéis para o transepto), em Leiria, Montemor-o-Novo, além de outras para a Índia e no Retábulo de Santo Elói, em Lisboa.

Manuel André, seu discípulo, diz que ele pintou um quadro na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, de cuja mesa fazia parte em 1521.


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