Gerenciamento de risco

Gerenciamento de risco (português brasileiro) ou gestão de risco (português europeu) (GRIS) realiza-se com a adoção de melhores práticas de infraestrutura, políticas e metodologias, permitindo uma melhor gestão dos limites de risco aceitáveis, do capital, da precificação e do gerenciamento da carteira.

Risco significa incerteza sobre a ocorrência ou não de uma perda ou prejuízo, e a forma de se controlar os riscos é através de seu gerenciamento. Ser capaz de gerenciar o risco significa "tentar evitar perdas, tentar diminuir a frequência ou severidade de perdas ou pagar as perdas de todos os esforços em contrário", entendendo-se 'frequência de perdas' como a quantidade de vezes que a perda ocorre, enquanto a severidade seria o custo do prejuízo decorrente da perda.[1]

Conforme Jorion,[2] no Gerenciamento de Risco financeiro considera-se, em primeira instância, os riscos financeiros que compreendem aqueles que ocasionam ganhos ou perdas de recursos financeiros para instituição. Quanto à volatilidade, são observados resultados inesperados relacionados ao valor de ativos ou passivos de interesse[2]

Pode-se classificar os riscos financeiros como estratégicos e não estratégicos. Os estratégicos são aqueles assumidos voluntariamente. Uma cautelosa exposição a esses tipos de riscos é fator fundamental para o sucesso das atividades comerciais. Já os riscos não-estratégicos são aqueles que não podem ser controlados e não condicionam fator estratégico, e por isso denominado desta forma.[2]

De acordo com Jorion, instituições financeiras têm, por objetivo principal, gerenciar ativamente os riscos financeiros, assumindo, intermediando e oferecendo conselhos. Compreender os riscos enquanto incertezas inevitáveis trazem aos administradores financeiros meios que prever e minimizar eventos adversos, estando preparados de maneira mais eficiente. E, conforme o autor, o aumento da volatilidade dos mercados financeiros, no começo dos anos 1970, trazia uma única constante em relação a todos os fatos ocorridos, que é a imprevisibilidade, em que rápidas mudanças do cenário econômico geravam grandes perdas financeiras. O gerenciamento de risco, neste sentido, fornece proteção parcial contra essas fontes de risco.[2]

Corporações assumem posturas de gerenciamento de risco mais ativas, segundo Crouhy, Galai e Mark , onde risco sempre foi um elemento relevante nas tomadas decisões de novos investimentos. Ao desconsiderar projetos mais arriscados, as organizações podem perder oportunidades com excelentes retornos. O problema maior é como quantificar os riscos, precificando-os adequadamente.[3]

Para Juvenil Alves, da Casa do Contribuinte, Gerenciamento de Risco Tributário tem o seguinte conceito: Gerenciamento de Risco Tributário. Consiste em conhecer e identificar as rotinas tributárias de um contribuinte e suas escriturações, para cotejando-as com o sistema legal (leis e outros aparatos legais),  com a jurisprudência e com  tendências futuras de entendimentos, possa identificar eventuais distorções, evitando aplicação de multas, processos criminais e perdas patrimoniais, para sócios, administradores e contadores. 

  1. HOPE, Warren T. Introdução ao Gerenciamento de Riscos. Rio de Janeiro: FUNENSEG, 2002
  2. a b c d JORION, Phillipe. Value at Risk – Nova fonte de referência para Gestão do Risco Financeiro. São Paulo: BM&F, 2004, Ed. 2, 487 p. 4-5
  3. GROUHY, Michel; MARK, Robert; GALAI, Dan. Gerenciamento de Risco – Abordagem Conceitual e Prática. São Paulo: QualityMark, 2004, p. 4; 34-36]

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