Go

 Nota: Para outros significados de GO, veja GO.
Go
Fotografia de equipamento de Go com partida em andamento
O go é jogado numa grade de linhas pretas (geralmente 19x19 linhas), e as peças, chamadas de pedras, são colocadas nas intersecções.
Local de origem  China
Anos ativo Previamente à Dinastia Zhou (1046–256 a.C.) até o presente
N.º de jogadores 2
Tempo de montagem Mínimo
Tempo de jogo Casual: 20–90 minutos
Torneios: 1–6 horas[a]
Complexidade Alta
Nível estratégico Muito alto
Influência da sorte Nenhuma
Habilidades Estratégia, tática e observação
Outros nomes Igo
Weiqi
Bakuk
Notas a Algumas partidas profissionais ultrapassam 16 horas e são jogadas em seções espaçadas no decorrer de dois dias.

O go (chinês simplificado: 围棋; chinês tradicional: 圍棋; Pinyin: wéiqí; japonês: 囲碁, igo; coreano: 바둑, baduk) é um jogo de estratégia abstrato de tabuleiro para dois jogadores cujo objetivo é cercar mais territórios do que o oponente. O jogo foi inventado na China há mais de 2500 anos e acredita-se que seja o jogo de tabuleiro mais antigo ainda jogado nos tempos modernos.[1][2][3] Em 2016, um censo realizado pela Federação Internacional de go em mais de 75 países mostrou que existem mais de 46 milhões de pessoas ao redor do mundo que sabem jogar go e que há cerca de 20 milhões de jogadores ativos, a maioria vivendo no leste da Ásia.[4]

As peças jogadas são chamadas de pedras. Um jogador utiliza as pedras pretas, enquanto um segundo jogador utiliza as brancas. Os jogadores se alternam em rodadas, jogando as pedras nas interseções vazias (pontos). Uma vez jogada no tabuleiro, as pedras não devem ser movidas, porém, elas devem ser removidas do tabuleiro caso uma pedra (ou um grupo delas) for cercada por peças adversárias em todos os pontos adjacentes ortogonais, resultando na captura.[5] O jogo continua até ambos o jogadores não quiserem mais fazer uma jogada. Quando o jogo termina, o vencedor é determinado ao contar cada território cercado pelos jogadores, juntamente com as peças capturadas e o komi (pontuação adicionada em favor do jogador que joga de brancas em compensação de jogar em segundo lugar).[6] O jogo também pode terminar com a desistência de um dos lados.

O tabuleiro padrão de go tem 19X19 interseções, contendo 361 pontos. Iniciantes frequentemente jogam em tabuleiros menores de 9x9 ou 13x13,[7] e evidências arqueológicas de séculos mais antigos apontam que era jogado em um tabuleiro de 17x17 interseções. Entretanto, tabuleiros por 19x19 se tornaram o padrão no período que o jogo chegou na Coreia no quinto século da Era Comum e no Japão no sétimo século da Era Comum.[8]

go era considerado uma das quatro artes essenciais da aristocracia chinesa na antiguidade. A mais antiga menção escrita em referência ao jogo é na obra histórica Zuo Zhuan (cerca do quarto século AEC).[9][10].[11]

Apesar das regras simples, o go é extremamente complexo. Comparado ao xadrez, o go tem, ao mesmo tempo, um tabuleiro maior, o que resulta em jogos mais longos e, em média, mais possibilidades para se considerar por movimento. O número de jogadas legais no go é calculado em ser aproximadamente 2,1 elevado a 10¹⁷⁰ potência,[12] o que é muito mais vasto que o número de átomos no universo observável, estimado em ser próximo de 10 elevado a 80ª potência.[13]

  1. «A Brief History of Go». American Go Association. Consultado em 23 de março de 2017 
  2. Shotwell, Peter (2008), The Game of Go: Speculations on its Origins and Symbolism in Ancient China (PDF), American Go Association, cópia arquivada (PDF) em 16 de maio de 2013 
  3. «The Legends of the Sage Kings and Divination». GoBase.org. Consultado em 12 de maio de 2022 
  4. The International Go Federation (fevereiro de 2016). «Go Population Survey» (PDF). intergofed.org. Consultado em 28 de novembro de 2018. Cópia arquivada (PDF) em 17 de maio de 2017 
  5. Iwamoto 1977, p. 22.
  6. Iwamoto 1977, p. 18.
  7. Matthews 2004, p. 1.
  8. Cho Chikun 1997, p. 18.
  9. Burton, Watson (15 de abril de 1992). The Tso Chuan. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-231-06715-7 
  10. Fairbairn 1995, p. [falta página].
  11. «Warring States Project Chronology #2». University of Massachusetts Amherst. Consultado em 30 de novembro de 2007. Cópia arquivada em 19 de dezembro de 2007 
  12. Tromp, John; Farnebäck, Gunnar (31 de janeiro de 2016). «Combinatorics of Go» (PDF). tromp.github.io. Consultado em 17 de junho de 2020. Cópia arquivada (PDF) em 25 de janeiro de 2016 
  13. Lee, Kai-Fu (25 de setembro de 2018). AI Superpowers: China, Silicon Valley, and the New World Order. [S.l.]: Houghton Mifflin Harcourt. ISBN 9781328546395. Consultado em 17 de junho de 2020 

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