Gravidez

 Nota: Este artigo é sobre a gestação em seres humanos. Para a gestação em outros animais, veja Gestação.
Gravidez
Gravidez
Mulher grávida
Sinónimos Gestação
Especialidade Obstetrícia
Sintomas Ausência de menstruação, mamas sensíveis, náuseas e vómitos, fome, micção frequente[1]
Complicações Aborto espontâneo, doenças hipertensivas da gravidez, diabetes gestacional, anemia por deficiência de ferro, náuseas e vómitos graves[2][3]
Duração ~40 semanas, contadas a partir do último período menstrual[4][5]
Causas Relação sexual, reprodução medicamente assistida[6]
Método de diagnóstico Teste de gravidez[7]
Prevenção Contracepção, aborto[8]
Tratamento Cuidados pré-natais[9]
Medicação Ácido fólico[9]
Frequência 213 milhões (2012)[10]
Mortes 293 000 (2013)[11]
Classificação e recursos externos
CID-10 Z33
CID-9 650
CID-11 472990502
DiseasesDB 10545
MedlinePlus 002398
eMedicine article/259724
MeSH D011247
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Gravidez é o período de cerca de nove meses de gestação nas mulheres, contado a partir da fecundação e implantação de um óvulo no útero até ao nascimento. Durante a gravidez, o organismo materno passa por diversas alterações fisiológicas que sustentam o bebé em crescimento e preparam o parto. A fecundação pode dar-se através de relações sexuais ou ser medicamente assistida. Após a fecundação, o óvulo fecundado desloca-se ao longo de uma das trompas de Falópio e implanta-se na parede do útero, onde forma o embrião e a placenta que o alimentará. O desenvolvimento do embrião tem início com a divisão do óvulo em múltiplas células e é nesta fase que se começam a formar a maior parte dos órgãos, muitos deles funcionais. A partir das oito semanas de idade gestacional, o embrião passa a ser designado feto e apresenta já a forma humana que se desenvolverá continuamente até ao nascimento. O parto ocorre em média cerca de 38 semanas após a fecundação, o que corresponde a aproximadamente 40 semanas após o início do último período menstrual. Uma gravidez múltipla é a gravidez em que existe mais do que um embrião ou feto, como é o caso dos gémeos.

Os primeiros sinais que indicam uma possível gravidez são a ausência de menstruação, sensibilidade nas mamas, náuseas, vómitos e aumento da frequência urinária. Uma gravidez pode ser confirmada com um teste de gravidez disponível em farmácias. A gravidez é convencionalmente dividida em três trimestres, de forma a simplificar a referência às diferentes fases do desenvolvimento pré-natal. O primeiro trimestre tem início com a fecundação e termina às doze semanas de idade gestacional, durante o qual existe risco acrescido de aborto espontâneo (morte natural do embrião ou do feto). Durante o segundo trimestre, o risco de aborto espontâneo diminui acentuadamente, a mãe começa a sentir o bebé, são visíveis os primeiros sinais exteriores da gravidez e o seu desenvolvimento é mais facilmente monitorizado. O terceiro trimestre é marcado pelo desenvolvimento completo do feto até ao nascimento.

Os cuidados de saúde e os exames pré-natais apresentam uma série de benefícios para a saúde da grávida e do bebé. Entre os cuidados de saúde essenciais estão a suplementação com ácido fólico, a restrição do consumo de tabaco, álcool e drogas, a prática de exercício físico adequado à gravidez, a comparência às consultas de acompanhamento e a realização dos exames médicos e ecografias recomendados. Entre as complicações mais comuns estão a hipertensão, diabetes gestacional, anemia por deficiência de ferro e náuseas e vómitos graves. O termo da gravidez ocorre entre as 37 e as 41 semanas. Os bebés que nascem antes das 37 semanas são considerados pré-termo e depois das 41 semanas pós-termo. Os bebés prematuros apresentam risco acrescido de problemas de saúde. A indução de parto e cesariana não são recomendadas antes das 39 semanas, exceto por motivos médicos.

Em 2012 ocorreram 213 milhões de gravidezes, das quais 190 milhões em países em vias de desenvolvimento e 23 milhões em países desenvolvidos. Isto corresponde a 133 gravidezes por cada 1 000 mulheres entre os 15 e 44 anos de idade. Cerca de 10 a 15% das gravidezes diagnosticadas terminam em aborto. Em 2013, as complicações da gravidez causaram a morte a 230 000 pessoas, uma diminuição em relação às 377 000 em 1990. Entre as causas mais comuns estão as hemorragias maternas, complicações de um aborto, hipertensão arterial, infeções, e complicações do parto. Cerca de 40% das gravidezes em todo o mundo não são planeadas, das quais metade resultam em aborto.

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  2. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome John2012
  3. «What are some common complications of pregnancy?». Eunice Kennedy Shriver National Institute of Child Health and Human Development. 12 de julho de 2013. Consultado em 14 de março de 2015. Cópia arquivada em 26 de fevereiro de 2015 
  4. «Pregnancy: Condition Information». Eunice Kennedy Shriver National Institute of Child Health and Human Development. 19 de dezembro de 2013. Consultado em 14 de março de 2015. Cópia arquivada em 19 de março de 2015 
  5. Abman, Steven H. (2011). Fetal and neonatal physiology 4ª ed. Philadelphia: Elsevier/Saunders. pp. 46–47. ISBN 9781416034797 
  6. Shehan, Constance L. (2016). The Wiley Blackwell Encyclopedia of Family Studies, 4 Volume Set. [S.l.]: John Wiley & Sons. p. 406. ISBN 9780470658451. Cópia arquivada em 10 de setembro de 2017 
  7. «How do I know if I'm pregnant?». Eunice Kennedy Shriver National Institute of Child Health and Human Development. 30 de novembro de 2012. Consultado em 14 de março de 2015. Cópia arquivada em 2 de abril de 2015 
  8. Taylor, D; James, EA (2011). «An evidence-based guideline for unintended pregnancy prevention.». Journal of Obstetric, Gynecologic, & Neonatal Nursing. 40 (6): 782–93. PMID 22092349 
  9. a b Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome NIH2013Prenatal
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