Gripe

Gripe
Gripe
Ampliação da estirpe de gripe A H1N1, responsável pela gripe espanhola em 1918 e pela gripe suína em 2009.
Especialidade medicina geral e familiar, pneumologia, infecciologia, medicina de urgência
Sintomas Febre, muco nasal, garganta inflamada, dores musculares, dor de cabeça, tosse, fadiga[1]
Início habitual Dois dias após exposição[1]
Duração ~1 semana[1]
Causas Vírus da gripe[2]
Prevenção Vacina contra a gripe, máscara cirúrgica, lavagem das mãos[3][1]
Medicação Antivirais como o oseltamivir[1]
Frequência 3–5 milhões por ano (casos graves)[1]
Mortes ~375 000 por ano[1]
Classificação e recursos externos
CID-10 J10, J11
CID-9 487
CID-11 145723401
OMIM 614680
DiseasesDB 6791
MedlinePlus 000080
eMedicine med/1170 ped/3006
MeSH D007251
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Gripe é uma doença infecciosa causada por diversos vírus ARN da família Orthomyxoviridae e que afeta aves e mamíferos. Os sintomas mais comuns são calafrios, febre, rinorreia, dores de garganta, dores musculares, dores de cabeça, tosse, fadiga e sensação geral de desconforto. Em crianças pode ainda provocar diarreia e dores abdominais. Embora seja frequentemente confundida com a constipação, a gripe é uma doença mais grave provocada por um tipo de vírus diferente.[4]

A gripe é geralmente transmitida por via aérea através de tosse ou de espirros, os quais propagam partículas que contêm o vírus. A gripe pode também ser transmitida por contacto direto com excrementos ou secreções nasais de aves infetadas, ou através de contacto com superfícies contaminadas. Os vírus da gripe podem ser neutralizados pela luz solar, desinfetantes e detergentes.[5] Uma vez que o vírus pode ser neutralizado com sabonete, lavar frequentemente as mãos reduz o risco de infeção.[6] A gripe pode ocasionalmente levar ao aparecimento de pneumonia, tanto viral como bacteriana, mesmo em pessoas bastante saudáveis.

Os países desenvolvidos têm geralmente à disposição vacinas contra a gripe. As aves de criação são frequentemente vacinadas para evitar que sejam dizimadas por um eventual surto.[7] A vacina humana mais comum é a vacina trivalente, que contém antígenos purificados e neutralizados de três estirpes virais. Esta vacina geralmente inclui material de dois subtipos de Influenzavirus A e uma estirpe de Influenzavirus B.[8] A vacina trivalente não apresenta qualquer risco de transmissão da doença. No entanto, uma vacina produzida para um determinado ano pode não ser eficaz no ano seguinte, uma vez que o vírus da gripe evolui rapidamente, substituindo as estirpes antigas por novas. No tratamento da gripe são também usados alguns antivirais, como o oseltamivir.[9]

A gripe propaga-se globalmente em ciclos sazonais de epidemias, as quais provocam anualmente entre três e cinco milhões de casos graves da doença e entre 250 000 e 500 000 mortes,[10] número que pode ascender a milhões em anos de pandemia. Ao longo do século XX ocorreram três pandemias de gripe, cada uma delas provocada pelo aparecimento de uma nova estirpe do vírus em seres humanos, e responsáveis pela morte de dezenas de milhões de pessoas. Em muitos casos, as novas estirpes de gripe aparecem quando um vírus já existente se propaga para o ser humano a partir de outra espécie animal, ou quando uma estirpe humana recolhe novos genes de um vírus que só infeta aves ou suínos. Uma estirpe aviária denominada H5N1 levantou algumas preocupações em relação a uma nova pandemia de gripe em finais da década de 1990, mas não chegou a evoluir para uma forma de fácil contágio entre o ser humano.[11] Em abril de 2009 ocorreu uma pandemia de uma nova estirpe que combinava genes da gripe humana, aviária e suina, denominada H1N1 ou gripe suína.[12]

  1. a b c d e f g «Influenza (Seasonal) Fact sheet N°211». who.int. Março de 2014. Consultado em 25 de novembro de 2014. Cópia arquivada em 30 de novembro de 2014 
  2. Longo, Dan L. (2012). «187: Influenza». Harrison's principles of internal medicine. 18ª ed. Nova Iorque: McGraw-Hill. ISBN 9780071748896 
  3. Jefferson T; Del Mar CB; Dooley L; et al. (2011). «Physical interventions to interrupt or reduce the spread of respiratory viruses». Cochrane Database Syst Rev (7): CD006207. ISSN 1464-780X. PMID 21735402. doi:10.1002/14651858.CD006207.pub4 
  4. Eccles, R (2005). «Understanding the symptoms of the common cold and influenza». Lancet Infect Dis. 5 (11): 718–25. PMID 16253889. doi:10.1016/S1473-3099(05)70270-X 
  5. Suarez, D; Spackman E, Senne D, Bulaga L, Welsch A, Froberg K (2003). «The effect of various disinfectants on detection of avian influenza virus by real time RT-PCR». Avian Dis. 47 (3 Suppl): 1091–5. PMID 14575118. doi:10.1637/0005-2086-47.s3.1091 
  6. Jefferson T, Del Mar CB, Dooley L; et al. (2011). «Physical interventions to interrupt or reduce the spread of respiratory viruses». Cochrane Database Syst Rev (7): CD006207. PMID 21735402. doi:10.1002/14651858.CD006207.pub4 
  7. Villegas, P (1998). «Viral diseases of the respiratory system». Poult Sci. 77 (8): 1143–5. PMID 9706079. doi:10.1093/ps/77.8.1143 
  8. Horwood F, Macfarlane J (Outubro de 2002). «Pneumococcal and influenza vaccination: current situation and future prospects». Thorax. 57 (Suppl 2): II24–II30. PMC 1766003Acessível livremente. PMID 12364707 
  9. Organização Mundial de Saúde, Global Alert and Response (GAR) (22 de dezembro de 2009). «Antiviral drugs for pandemic (H1N1) 2009: definitions and use» 
  10. Organização Mundial de Saúde (Abril de 2009). «Influenza (Seasonal)». Consultado em 13 de fevereiro de 2010 
  11. «Avian influenza ("bird flu") fact sheet». WHO. Fevereiro de 2006. Consultado em 20 de outubro de 2006 
  12. Organização Mundial de Saúde. «World now at the start of 2009 influenza pandemic». Consultado em 9 de março de 2014 

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