Guerra Civil Chinesa | |||
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No sentido horário de cima: tropas comunistas na Batalha de Siping; soldados muçulmanos do Kuomintang; Mao Zedong na década de 1930; Chiang Kai-shek inspecionando soldados; o general do PCC Su Yu inspecionando as tropas pouco antes da campanha de Menglianggu | |||
Data | 1 de agosto de 1927 – 22 de dezembro de 1936 (9 anos, 4 meses e 3 semanas) 31 de março de 1946 – 7 de agosto de 1950 | ||
Local | China | ||
Desfecho | Vitória militar comunista na China
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Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Forças | |||
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Baixas | |||
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(civis e combatentes) |
Guerra Civil Chinesa (1927–1937; 1946–1949) foi uma série de conflitos entre forças chinesas nacionalistas e comunistas. Apesar de ser divida historicamente em duas fases, sua localização temporal é discutível, e de modo geral refere-se à Guerra Civil Chinesa apenas como a fase final ocorrida após o término da Segunda Guerra Mundial entre 1946 e 1949; no entanto o conflito remonta a Revolta de Nanchang, após o Massacre de Xangai em 1927 e a criação da República Soviética da China, em 1931.[8]
As hostilidades irromperam em 1927, após Chiang Kai-shek reprimir comunistas que queriam avançar além de territórios permitidos, vandalizando e atacando a cidade de Xangai, que levou a um expurgo de comunistas e posteriormente, por parte dos comunistas chineses, uma série de levantes e revoltas comunistas urbanas fracassadas. O poder comunista foi então melhor estabelecido na área rural, ultilizando táticas de guerrilha para neutralizar a força nacionalista, que era superior. Após uma campanha de três anos, Chiang finalmente conseguiu destruir os sovietes de Jiangxi (bases rurais comunistas) criados por Mao Tsé-Tung, mas após a Grande Marcha (1934-1935), os comunistas conseguiram reinstalar-se em Yan'an, no norte do país.
Os confrontos entre os dois lados reduziram-se com a invasão japonesa de 1937, e, até o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, uma difícil trégua foi mantida através da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, enquanto se lutava contra um inimigo comum. A violência interna irrompeu logo após o final da guerra, ressurgindo em uma base muito maior em abril de 1946 — depois de o general norte-americano George Marshall ter fracassado em conseguir um acordo estável.
Durante o primeiro ano do conflito, as tropas nacionalistas obtiveram ganhos territoriais, incluindo a capital comunista de Yan'an. Entretanto, com apoio da ocupação soviética na Manchuria após a Operação Tempestade de Agosto e a entrega de armas japonesas ao PCC, vitórias passaram a ser acumuladas rapidamente, diminuindo a confiança das forças nacionalistas não só no exército mas também em sua administração, e no final de 1947 uma vitoriosa contra-ofensiva comunista estava a caminho. Em novembro de 1948, Lin Piao completou a conquista da Manchúria, onde os nacionalistas perderam meio milhão de homens, muitos dos quais desertaram para o lado comunista, principamente da ala esquerdista que ja migrava para as forças comunistas desde os anos 1920. Na China Central, os nacionalistas perderam Xandong e em janeiro de 1949 foram derrotados na batalha de Huai-Huai (perto de Xuzhou). Pequim caiu em janeiro, e Nanjing e Xangai em abril. A República Popular da China foi proclamada no dia 1º de outubro de 1949 e a vitória comunista completou-se quando o Kuomintang bateu em uma retirada estratégica de Chongqing para Taiwan, em dezembro daquele ano.