Guerra Civil do Mali

Guerra Civil do Mali
Insurgência islâmica no Magrebe e das Rebeliões tuaregues

Mapa da situação no Mali em 2024.
Data 16 de janeiro de 2012 – presente
Local Mali
Desfecho Em andamento
Situação
  • O presidente do Mali Amadou Toumani Touré é deposto em um golpe de Estado liderado por Amadou Sanogo[1]
  • O MNLA e o Ansar Dine assumem o controle do norte do Mali em Abril de 2012[2]
  • O Estado independente de Azauade é declarado pelo MNLA[3] e brevemente apoiado pelo Ansar Dine[4]
  • Os grupos islâmicos - Ansar Dine, AQIM[5] e o MOJWA - tomam o Norte do Mali do MNLA e impõem a xaria na região
  • França intervém para combater os islamitas, a pedido do governo de Sanogo, com o apoio do MNLA
  • Crise dos reféns na Argélia
  • Apoiado pelo exército francês, o governo do Mali recupera boa parte do território
  • O governo do Mali e a liderança dos rebeldes tuaregues chegam a um acordo de trégua em junho de 2013[6]
  • Em setembro de 2013, os rebeldes anunciaram que não respeitariam mais o acordo de paz[7]
  • Em fevereiro de 2015, com o governo empurrando os insurgentes para dentro dos seus redutos, um novo cessar-fogo foi declarado
  • Combates de baixo nível prosseguem, as forças governamentais recapturam a cidade de Kidal e outros territórios.
Beligerantes
 Mali

 França (Operação Serval)[8][9][10]

 Chade (FATIM)

MISMA (2013)


 Burundi[20]
 Gabão[21]
 África do Sul[22]
 Ruanda[22]
 Tanzânia[22]
 Uganda[23]


Apoiados por:
União Europeia [24]
Argélia Argélia [25][26]
Bélgica Bélgica[27]
Canadá Canadá[28]
 Comoros[29]
DinamarcaDinamarca[30][31]
Alemanha Alemanha[32]
Itália Itália[33]
Países Baixos Países Baixos[34]
Rússia Rússia[35]
Espanha Espanha[36][37]
Reino Unido Reino Unido[38]
Emirados Árabes Unidos Emirados Árabes Unidos[39]
Estados Unidos Estados Unidos[40]
Portugal Portugal[41][42]


Combatentes não-estatais:
Mali CM-FPR

GATIA GATIA (após 2014)
MAA MAA lealista (após 2014)
MDP (após 2016)


Nações Unidas MINUSMA (após 2013)
MNLA MNLA
MIA (2013)
HCUA HCUA (após 2013)
MAA MAA (após 2012)
CPA CPA (após 2014)
CM-FPR2 (após 2014)
MSA (após 2016)
MPSA MPSA (após 2014)
FPA (após 2012)
CJA (após 2016)
ANSIPRJ (2016-2017)
ASS (após 2018)
Islamistas
Comandantes
Mali Dioncounda Traoré (desde abril de 2012)
Mali Amadou Sanogo (desde março de 2012)
Mali Amadou Toumani Touré (até março)
Mali Sadio Gassama (até março)
Mali El Haji Ag Gamou (até março)
França François Hollande
França Emmanuel Macron
França Pierre de Villiers
França Édouard Guillaud
Nigéria Shehu Usman Abdulkadir
Nigéria Yaye Garba

Mohamed Lamine Ould Sidatt (NLFA)
Housseine Khoulam (NLFA)[56]
Mahmoud Ag Aghaly
Bilal Ag Acherif
Moussa Ag Acharatoumane
Ag Mohamed Najem[57]
Iyad ag Ghaly[45]

Omar Ould Hamaha[46]
Mokhtar Belmokhtar

Abdelmalek Droukdel[47]
Forças
Mali 6 000-7 000[58] (12.150 pré-guerra est.)[59]

França 2 500[60]
Chade 2.000[61]
Nigéria 1 200[11][62]
Togo 733[39]
Burquina Fasso 500[11]
Costa do Marfim 500[39]
Níger 500[11]
Senegal 500[11]
Serra Leoa 500[11]
Benim 300[11]
Guiné 144[11]
Gana 120[11]
Total: 23 564+


União Europeia 450 (EUTM)[63]


~500 (NLFA)[56]
3 000[64][50] 1 200–3 000[48][49]
Baixas
164+ mortos,[65]

400 capturados[66]
Total:
1 000–1 500+ mortos, capturados ou desertados (por abril de 2012)[64]


11–36 mortos, 60 feridos,[67][68] 12 capturados[69] (Janeiro de 2013)

6 soldados franceses mortos.[70]
165+ mortos
(conflito com Exército do Mali)[71][72][73] 5–123 mortos
(conflito com os islamitas)[51][52][53][54]
740+ mortos
[51][52][53][54][55]
Deslocados:
~144 000 refugiados no estrangeiro[61]
~230 000 deslocados internos.[61]
Total≈374 000.[74]

Guerra Civil do Mali ou Guerra do Mali é um conflito armado que começou em janeiro de 2012 e prossegue até os dias atuais. O conflito teve início na sequência de uma rebelião separatista contra o governo do Mali por elementos dos povos tuaregues e grupos islâmicos fundamentalistas na região de Azauade, no deserto do Sara.[75] Conduzida inicialmente pelo Movimento Nacional de Libertação do Azauade (MNLA), a mais recente encarnação de uma série de revoltas das populações nômades tuaregues que remonta pelo menos até 1916, contra a exploração desse solo por multinacionais europeias e estadunidenses.[76] O MNLA foi formado por antigos revoltosos e um número significante de combatentes tuaregues fortemente armados que lutaram pelo Conselho Nacional de Transição ou pelo Exército Líbio durante a Guerra Civil Líbia.[77]

No dia 22 de março, o presidente constitucionalmente eleito Amadou Toumani Touré foi deposto por um golpe de Estado promovido por militares contrários à conduta do governo na resolução da crise, apenas um mês antes que ocorressem as eleições para a presidência. Os militares rebelados, sob a bandeira do Comitê Nacional para a Restauração da Democracia e do Estado (CNRDE) suspenderam a constituição do Mali, embora essa ação tenha sido revertida no dia primeiro de abril. Como uma consequência da instabilidade política que se seguiu ao golpe, as três maiores cidades do norte do Mali - Quidal, Gao e Tombuctu - foram tomadas por rebeldes tuaregues.[78] Em 5 de abril, depois da captura de Douentza, o MNLA afirmou que havia atingido seus objetivos e cancelou sua ofensiva. No dia seguinte, foi proclamada a independência de Azauade do Mali.[79]

O MNLA inicialmente apoiado pelo grupo islâmico Ansar Dine. Depois que os militares do Mali foram expulsos de Azauade, o Ansar Dine começou a impor a xaria. O MNLA e os islâmicos se esforçaram para conciliar suas visões conflitantes para o novo Estado pretendido.[80] Posteriormente, o MNLA começou a lutar contra o Ansar Dine e outros grupos islâmicos, incluindo Movimento para a Unidade e Jihad na África Ocidental (MUJOA), um grupo dissidente do Al Qaida no Magrebe Islâmico. Até 17 de julho de 2012, o MNLA perdeu o controle da maioria das cidades do norte do Mali para os islamitas.[81]

Em 11 de janeiro de 2013, o presidente da França, François Hollande, afirmou que havia concordado com um pedido do governo de Mali para ajuda externa e que "as forças francesas prestariam apoio ao Mali".[48]

Em 18 de junho, após quase um ano e meio desde o começo da crise, o governo do Mali e os rebeldes tuaregues assinaram um acordo de paz.[6] Contudo, em 26 de setembro de 2013, os rebeldes anunciaram que não mais aceitariam o acordo de paz e afirmaram que o governo não havia respeitado os entendimentos que haviam sido firmados no ano anterior.[7] Enquanto a luta continuava, as forças francesas afirmaram que pretendiam se retirar do país.[82] Em 20 de fevereiro de 2015 entrou em vigor um novo cessar-fogo, embora combates esporádicos ainda acontecessem pela região.[83]

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  65. 2 mortos(17–19 de janeiro),[1] 160 mortos (24–25 de janeiro),[2] 2 mortos (16 de janeiro),[3] total de 164+ dados como mortos
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