Guerra Russo-Ucraniana

 Nota: Para a invasão em larga escala mais recente, veja Invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022.
Guerra Russo-Ucraniana
Conflitos pós-soviéticos


Mapa do território da Ucrânia

     Controle ucraniano      Ocupação russa

Data 27 de fevereiro de 2014 (de facto)[1] – presente
Local Ucrânia e Rússia[2]
Situação Em andamento
  • A Rússia assume o controle militar efetivo da Crimeia;[3]
  • Operações secretas realizadas pelas forças armadas russas, autodenominadas "forças de autodefesa da Crimeia", sem a utilização de quaisquer identificações ou insígnias;
  • Fronteiras russo-ucranianas são patrulhadas pelo exército russo até 4 de março;[4]
  • Tropas russas entram no oblast de Kherson em 8 de março de 2014;[2]
  • Ucrânia fecha a fronteira com a região pró-russa da Transnístria em 15 de março;[5]
  • Tropas militares russas invadem a região da Bacia do Donets em 2014, intervindo em favor dos separatistas. Contudo, Moscou negou qualquer tipo de intervenção no conflito;[6]
  • Em fevereiro de 2022, tropas russas invadem a Ucrânia após reconhecer a independência de Lugansk e Donetsk;
  • No dia 30 de setembro de 2022, o governo russo anunciou a anexação dos territórios do Oblast de Donetsk, Oblast de Lugansk, Oblast de Kherson e Oblast de Zaporíjia.
Beligerantes
 Rússia
Grupo Wagner[7]
RP de Donetsk[8]
RP de Lugansk[9]
 Ucrânia[18]
Comandantes
Rússia Vladimir Putin
Rússia Sergei Shoigu
Rússia Valery Gerasimov
Andrey Troshev
Rússia Igor Sergun
Rússia Aleksandr Vitko
Rússia Sergey Aksyonov
Rússia Sergey Surovikin
Yevgeny Prigozhin (2014-2023)
Denis Pushilin
Dmitry Trapeznikov
Alexander Zakharchenko
Rússia Alexander Borodai
Leonid Pasechnik
Igor Plotnitsky
Valery Bolotov
Volodymyr Zelensky (2019–presente)
Olexandr Turtchynov (2014)
Petro Poroshenko (2014–2019)
Alexei Reznikov
Ihor Tenyukh (2014)
Sergey Shaptala
Mykhailo Kutsyn (2014)
Serhiy Hayduk
Oleksii Reznikov
Denys Shmyhal
Denis Berezovsky
(desertou)
Forças
Tropas da Crimeia: 25 000 – 30 000[34][35]
  • Frota do Mar Negro: 11 000 (incluindo a Fuzileiros Navais)
  • 4 esquadrões de caças aéreos (18 aviões cada)
Reforços: entre 16 000[36][37][38] e 42 000[39] soldados

Tropas no leste:
+ 190 000 militares russos (2022)[40]
Guarnição da Crimeia:
~ 14 500 soldados[41]
10 navios de guerra

Exército no leste:
70 000 militares[42] (mobilizados)


Total: 300 000 militares (ativos e reservistas)[43]
Baixas
Crimeia:
1 miliciano pró-Rússia morto[44]
1 equipe de inteligência militar capturada[45]

Donbass (leste):
400 – 500 soldados russos mortos (até 2015)[46]

5 768 separatistas mortos[47][48]
12 700 – 13 700 feridos[47]

Invasão russa em 2022:
200 000 mortos, feridos ou desaparecidos (até maio de 2023)[49]
No leste:
4 619 mortos[50][51]
9 700 – 10 700 feridos[47]

Invasão russa em 2022:
124 500 – 131 000 mortos, feridos ou desaparecidos (até maio de 2023)[49]

Guerra Russo-Ucraniana[52] (em ucraniano: російсько-українська війна, transl. rosiisko-ukrainska viina) é um conflito contínuo e prolongado que começou em fevereiro de 2014, envolvendo principalmente a Rússia, forças pró-russas e a Ucrânia; concentrada na península da Crimeia e partes do território de Donbas, que são internacionalmente reconhecidas como parte do território ucraniano. As tensões entre a Rússia e a Ucrânia explodiram especialmente de 2021 a 2022, quando ficou claro que a Rússia estava considerando lançar uma invasão militar da Ucrânia. Em fevereiro de 2022, a crise se aprofundou e as negociações diplomáticas para subjugar a Rússia falharam; isso aumentou quando a Rússia moveu forças para as regiões controladas pelos separatistas em 22 de fevereiro de 2022.[53][54][55]

Após os protestos do Euromaidan e a subsequente remoção do presidente ucraniano pró-Rússia Viktor Yanukovych em 22 de fevereiro de 2014, e em meio a agitação pró-Rússia na Ucrânia, soldados russos sem insígnias assumiram o controle de posições estratégicas dentro do território ucraniano da Crimeia. Em 1 de março de 2014, o Conselho da Federação da Federação Russa adotou por unanimidade uma resolução para fazer uma petição ao presidente russo Vladimir Putin para usar a força militar na Ucrânia.[56] A resolução foi adotada vários dias depois, após o início da operação militar russa no "Retorno da Crimeia". A Rússia então anexou a Crimeia após um referendo local amplamente criticado que foi organizado pela Rússia após a captura do Parlamento da Crimeia, cujo resultado foi a adesão da República Autônoma da Crimeia à Federação Russa.[57][58][59] Em abril, manifestações de grupos pró-Rússia na área de Donbas, na Ucrânia, se transformaram em uma guerra entre o governo ucraniano e as forças separatistas apoiadas pela Rússia das autodeclaradas "repúblicas populares" de Donetsk e Luhansk. Em agosto, veículos militares russos cruzaram a fronteira em vários locais do oblast de Donetsk.[60][61][62][63] A incursão dos militares russos foi vista como responsável pela derrota das forças ucranianas no início de setembro.[64][65]

A maioria dos membros da comunidade internacional[66][67][68] e organizações como a Anistia Internacional[69] condenaram a Rússia por suas ações na Ucrânia pós-revolucionária, acusando-a de violar o direito internacional e violar a soberania ucraniana. Muitos países implementaram sanções econômicas contra a Rússia, indivíduos ou empresas russas.[70] Em fevereiro de 2019, 7% do território da Ucrânia foi classificado pelo governo ucraniano como territórios ocupados temporariamente pelos russos.[71]

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