Guerra de Canudos | |||
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Sertanejos de Canudos rendidos pela cavalaria do Exército durante a última expedição ao arraial, em outubro de 1897. | |||
Data | 7 de novembro de 1896 – 5 de outubro de 1897 | ||
Local | Bahia, Brasil | ||
Desfecho | Vitória das tropas federais e destruição total da cidade de Canudos | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
Forças | |||
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Baixas | |||
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Guerra de Canudos ou Campanha de Canudos[1] foi um conflito armado que envolveu o Exército Brasileiro e membros da comunidade sócio-religiosa liderada por Antônio Conselheiro, em Canudos, no interior do estado da Bahia. Os confrontos ocorreram entre 1896 e 1897, com a destruição da comunidade e a morte da maior parte dos 25 000 habitantes de Canudos.
A principal característica econômica e politica que dominava todo o país nesta época era o atraso no desenvolvimento industrial de todo o país e principalmente no nordeste brasileiro onde ainda predominava resquícios de um Brasil colônia com economia agrária da cana-de-açúcar. Este fracasso custaria caro ao povo. Sobre as massas camponesas iria recair o peso principal das dificuldades. Eram aquelas massas a grande força produtora, e uma vez que até bem pouco a produção agropecuária em algumas regiões (naquelas onde predominava antes o trabalho escravo) estava completamente desorganizada a produção agrícola , a fome que constantemente motivava os camponeses ao êxodo rural era constante em muitas fazendas em ruínas, culturas abandonadas, e mesmo assim a classe dos latifundiários predominava na politica e economia do país sendo consequência fundamental da fraqueza e da debilidade da burguesia[2] brasileira. .
A região, historicamente caracterizada por latifúndios improdutivos, secas cíclicas e desemprego crônico, passava por uma grave crise econômica e social. Milhares de sertanejos partiram para Canudos, cidadela liderada pelo peregrino Antônio Conselheiro, unidos na crença de uma salvação milagrosa que pouparia os humildes habitantes do sertão dos flagelos do clima e da exclusão econômica e social.
Os grandes fazendeiros da região, unindo-se a parte do clero local, iniciaram um forte grupo de pressão junto à República recém-instaurada, pedindo que fossem tomadas providências contra Antônio Conselheiro e seus seguidores. Criaram-se rumores de que Canudos se armava para atacar cidades vizinhas e partir em direção à capital para depor o governo republicano e reinstalar a Monarquia.
Apesar de não haver nenhuma prova para estes rumores, o Exército foi mandado para Canudos.[3] Três expedições militares contra Canudos saíram derrotadas, o que apavorou a opinião pública, que acabou exigindo a destruição do arraial, dando legitimidade ao massacre de até vinte mil sertanejos. Além disso, estima-se que cinco mil militares tenham morrido. A guerra terminou com a destruição total de Canudos, a degola de muitos prisioneiros de guerra, e o incêndio de todas as casas do arraial.