Guerra dos Mascates

 Nota: Para o livro de José de Alencar em dois volumes de 1871 e 1873, veja Guerra dos Mascates (livro).
O mascate e seu escravo, de Henry Chamberlain.
Oficiais de cavalaria. Brasil, sec. XVIII

Guerra dos Mascates, que se registrou de 1710 a 1711 na Capitania de Pernambuco, é considerada como um movimento nativista pela historiografia do Brasil.

Confrontaram-se os senhores de terras e engenhos pernambucanos, concentrados em Olinda, e os comerciantes reinóis (portugueses da metrópole) do Recife, chamados pejorativamente de mascates. Quando houve as sedições entre os mascates europeus do Recife e a aristocracia rural de Olinda, os comerciantes portugueses eram apelidados de mascates, pelos senhores de engenho, já que saiam vendendo seus produtos de porta em porta. Por outro lado, os senhores de engenho eram chamados pés rapados [1] - em alusão à sua decadência econômica. E, para enfrentar suas difículdades financeiras, os senhores de engenho recorriam com frequência aos comerciantes reinóis a fim de tomar empréstimos, de modo que os mascates os consideravam falidos, necessitados - pobres, enfim.

  1. Como não existia pavimento nas ruas, era comum haver lama. Os mais pobres, que só andavam a pé, inevitavelmente, sujavam os sapatos e por isso usavam objetos de ferro para raspar a lama das solas dos sapatos. Por isso eram chamados de 'pés-rapados'.

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