Haroldo I da Noruega

 Nota: Para outros significados, veja Haroldo.
Haroldo I
Rei da Noruega
Reinado 872 - 933
Consorte Ragnilda Eriksdotter
Asa Håkonsdotter
várias concubinas
Sucessor(a) Érico I
Nascimento 850
  Leste da Noruega
Morte 943 (93 anos)
  Rogalândia, Noruega
Sepultado em Haugesund
Casa Cabelo Belo
Pai Haldano, o Negro
Mãe Ragnilda, filha de Sigurdo
Filho(s) Érico I da Noruega
Haakon I da Noruega

Haroldo I da Noruega, também dito Haraldr Belos-Cabelos[1] ou Haroldo Cabelo Belo[2][3] (em nórdico antigo: Haraldr Hárfagri; em norueguês: Harald Hårfagre; c. 850 – 943) foi o fundador e o primeiro rei da Noruega. Reinou entre 872 e 930.[4][5]

Sucedeu seu pai, Haldano, o Negro, em 860, como soberano de diversos pequenos reinos esparsos, na região de Folde Ocidental, que haviam caído nas mãos de seu pai através da conquista e da herança, situando-se sobretudo no sudoeste da Noruega.

Foi o fundador da dinastia Hårfagreætta e o viquingue que uniu a Noruega. A batalha decisiva travada no fiorde de Hafrs ocorreu entre 885 e 900. Foi uma batalha naval, e a autoridade de Haroldo em sua plenitude era essencialmente a de um rei do mar. Também esteve ativo nas Órcades e Shetland, e mais tarde a opinião escandinava atribuiu boa parte da turbulência viquingue do final do século IX à insatisfação de uma jovem aristocracia de capitães do mar, contra o poder centralizador e autoritário do rei Haroldo.

Em 866, Haroldo fez uma série de conquistas sobre os pequenos reinos que iriam formar a Noruega, incluindo Varmlândia, na Suécia, e a sudoeste da Noruega moderna, que estabelecera uma aliança com o rei sueco Érico IV. Em 872, após uma grande vitória na Batalha do Fiorde de Hafrs, perto de Stavanger, Haroldo tornou-se o rei de todo o país. O seu reino estava, contudo, ameaçado por perigos exteriores, uma vez que muitos dos seus adversários se haviam refugiado não só na Islândia, mas também nas ilhas Órcades, Shetland e Hébridas, para além de outros locais no norte da Europa.

Porém, os seus adversários não tinham partido apenas por vontade própria. Muitos chefes tribais eram ricos e respeitados, constituindo também uma ameaça para Haroldo. Assim, eram muito pressionados por Haroldo, que os convidava a abandonarem as suas terras. Este desenrolar da história levou ao povoamento da Islândia e das terras ainda mais longínquas. De certa forma, o rei Haroldo contribuiu para a sociedade islandesa moderna e para que as sagas islandesas fossem escritas. Outras pessoas que contestavam os impostos pesados que Haroldo exigia, sobre terras outrora por elas dominadas, também partiram para a Islândia.

A fase mais adiantada do reino de Haroldo foi perturbada por conflitos com os seus muitos filhos. Deu-lhes a todos títulos de realeza e atribuiu-lhes terras, que deveriam governar como seus representantes. Contudo, este acordo não colocou um ponto final sobre a discórdia, que continuou no reinado seguinte. Quando envelheceu, Haroldo passou o poder supremo para as mãos do seu filho preferido, Érico Machado Sangrento, o qual gostaria que fosse o seu sucessor. Passaram a reinar juntos, em 930, quando Haroldo tinha 90 anos. Este viria a morrer 3 anos mais tarde, em 933, tendo tido 23 filhos de oito diferentes mulheres. Doze de seus filhos tornaram-se reis, dois dos quais sobre o país inteiro.

  1. Moosburger, Théo de Borba (2014). «A Islândia Medieval». Brennu-Njáls saga: Projeto Tradutório e Tradução para o Português (PDF) (Dissertação de PósGraduação). Universidade Federal de Santa Catarina. p. 64 
  2. Verbete hår (cabelo) do dicionário de norueguês da Universidade de Oslo
  3. Verbete fagre (belo) do dicionário de norueguês da Universidade de Oslo
  4. Ernby, Birgitta; Martin Gellerstam, Sven-Göran Malmgren, Per Axelsson, Thomas Fehrm (2001). «Harald Hårfager». Norstedts första svenska ordbok (em sueco). Estocolmo: Norstedts ordbok. p. 237. 793 páginas. ISBN 91-7227-186-8 
  5. Pablo Gomes de Miranda (2010). «Marchando para a Batalha: aspectos religiosos da campanha guerreira de Haraldr Hárfagri». Brathair - Revista de Estudos Celtas e Germânicos (10). pp. 67–82. ISSN 1519-9053. Consultado em 26 de novembro de 2018 

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