Hator | |||
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Nome nativo |
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Local de culto | |||
Cônjuge(s) | |||
Pais | Rá | ||
Filho(s) |
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Portal:Antigo Egito |
Hator (em egípcio: ḥwt-ḥr) foi uma das principais divindades na religião do Antigo Egito que desempenha uma variedade de papéis diferentes. Como deusa do céu era a mãe ou consorte do deus do céu Hórus e do deus do sol Rá, ambos os quais eram conectados com a realeza, assim ela era a mãe simbólica de seus representantes terrenos, os faraós. Era uma de várias divindades que atuavam como o Olho de Rá, a contraparte feminina do deus, possuindo um aspecto vingativo sob essa forma que protegia Rá de seus inimigos. Seu lado benevolente representava música, dança, alegria, amor, sexualidade e cuidado maternal, também tendo agido como consorte de várias divindades e mãe de seus filhos. Estes aspectos de Hator exemplificavam a concepção egípcia da feminilidade. Ela também cruzava as fronteiras entre mundos e ajudava as almas mortas a passarem para o pós-vida.[2]
Hator era frequentemente representada como uma vaca, simbolizando seu aspecto maternal e celestial, porém sua forma mais comum era de uma mulher usando um adereço de cabeça formado por chifres de vaca e um disco solar. Também podia ser representada como leoa, cobra ou uma árvore de plátano. Deusas de gado similares a Hator foram representadas na arte egípcia durante o Período Dinástico Precoce, porém ela só foi aparecer no Reino Antigo. Ela se tornou uma das mais importantes divindades do Antigo Egito a partir do padronado dos governantes do Reino Antigo. Tinha mais templos dedicados ao seu culto do que qualquer outra deusa, com o principal ficando em Dendera no Alto Egito. Também era venerada nos templos de seus consortes. Os egípcios a conectavam com terras estrangeiras como a Núbia e Canaã e suas valiosas mercadorias, com algumas pessoas dessas áreas adotando sua veneração. No Egito era uma das divindades comumente invocadas em orações particulares e ofertas votivas.
Deusas como Mut e Ísis invadiram a posição de Hator na ideologia real durante o Reino Novo, porém ela continuou como uma das divindades mais amplamente cultuadas. Hator foi cada vez mais sobrepujada por Ísis a partir do Terceiro Período Intermediário, principalmente durante o Reino Ptolemaico, quando os novos governantes greco-romanos conectaram suas próprias divindades com as egípcias a fim de solidificar seu poder, combinando os traços de Hator e Afrodite em Ísis para o tratamento de suas rainhas. Hator ainda assim continuou a ser venerada em alguns locais até a extinção da religião egípcia em meados do século IV.