Henrique Pedro Carlos de Beaurepaire-Rohan

Henrique Pedro Carlos de Beaurepaire-Rohan
Henrique Pedro Carlos de Beaurepaire-Rohan
O visconde de Beaurepaire-Rohan, c.1890
Dados pessoais
Nome completo Henrique Pedro Carlos de Beaurepaire-Rohan
Apelido Visconde de Beaurepaire-Rohan
Nascimento 12 de maio de 1812
Niterói, Rio de Janeiro
Morte 19 de julho de 1894 (82 anos)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Nacionalidade  Brasileiro
Cônjuge Guilhermina Müller de Campos
Progenitores Mãe: Maria Margarida Skeys de Rohan
Pai: Jacques Antoine Marc, conde de Beaurepaire
Vida militar
País Brasil
Força Exército Brasileiro
Anos de serviço 1819-1894
Hierarquia Marechal
Honrarias Gentil-homem da Imperial Câmara
Imperial Ordem de São Bento de Avis
Imperial Ordem da Rosa
Imperial Ordem de Cristo

Henrique Pedro Carlos de Beaurepaire-Rohan, primeiro e único visconde com grandeza de Beaurepaire-Rohan (Niterói, 12 de maio de 1812Rio de Janeiro, 19 de julho de 1894), foi um nobre, militar e político brasileiro. Foi filiado ao Partido Liberal.

Filho de Jacques Antoine Marc, conde de Beaurepaire, e da anglo-portuguesa Maria Margarida Skeys de Rohan, filha de cônsul inglês que serviu no Rio de Janeiro, e descendente da Casa de Rohan, da alta nobreza francesa. Seu pai foi marechal-de-campo do Exército Francês perseguido por Napoleão Bonaparte, tendo-se refugiado em Portugal e acompanhado D. João VI quando da vinda da corte para o Brasil; prestou relevantes serviços à coroa portuguesa.

Armas do visconde de Beaurepaire-Rohan.

Sua irmã, Adelaide Francisca Madalena de Beaurepaire-Rohan, casou-se com Alexandre-Louis-Marie de Robert, conde d'Escragnolle, sendo pais do barão d'Escragnolle e de Gabrielle Herminie de Robert d'Escragnolle, esta casada com o conceituado pintor Félix Émile Taunay e mãe do visconde de Taunay.

Casou-se com Guilhermina Müller de Campos, filha do marechal-de-campo Daniel Pedro Müller, e viúva do major Francisco Manuel das Chagas. Tendo sido padrasto do barão de Itaipu.

Henrique Pedro assentou praça no exército aos 7 anos de idade e já em 1829 era segundo-tenente de artilharia. Passou para a arma de engenharia em 1837, onde atingiu o posto de marechal-de-campo, em 1874 e tenente-general, em 1880. Já na República, chegou à patente de marechal de exército, em 1890.

Em 1885 era conselheiro de guerra, comandante geral do corpo do Estado-Maior de 2ª classe e membro da comissão de promoções do Exército.

Foi vice-presidente da província do Paraná, de 27 de julho de 1855 a 1 de março de 1856. Foi presidente das províncias do Pará, de 29 de maio de 1856 a 26 de outubro de 1857, e da Paraíba, nomeado por carta imperial de 3 de setembro de 1857, de 9 de dezembro de 1857 a 4 de junho de 1859. Foi ministro da Guerra, nomeado em 1864 (ver Gabinete Furtado).

Bacharel em física e matemática, foi membro da comissão de trabalhos geográficos do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro[1] e da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional.

Recebeu o título, com as honras de grandeza, por decreto de 13 de junho de 1888. Gentil-homem da Imperial Câmara, foi grã-cruz da Imperial Ordem de São Bento de Avis, dignitário da Imperial Ordem da Rosa e comendador da Imperial Ordem de Cristo. Escreveu a Corografia da Província da Paraíba do Norte, publicada na Revista do Instituto Histórico da Paraíba, em 1911.

Foram notórios os vínculos Henrique de Beaurepaire-Rohan, então conselheiro de Estado do Império do Brasil, e o projeto de democracia rural elaborado nos círculos abolicionistas do Rio de Janeiro a partir de 1883, em particular com André Rebouças. Enquanto membro da elite tradicional do Império e devido ao sucesso de sua trajetória, Henrique de Beaurepaire-Rohan ajuda a legitimar os argumentos elaborados por certos abolicionistas que associam a abolição da escravidão à reforma do sistema fundiário. Embora o Congresso brasileiro não tenha aprovado o projeto de reforma agrária proposto por esses setores, as alianças entre os clubes abolicionistas radicais e membros da elite política do Império permitiram a ampla discussão desses projetos.[2]

Marechal Henrique Pedro de Beaurepaire-Rohan.
  1. Vultos da Geografia do Brasil - Coletânea das ilustrações publicadas na Revista Brasileira de Geografia. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 1942. p. 33-34. 47 páginas 
  2. SANTOS, Cláudia dos; MOTTA, Márcia (2010). «Um retrato do império. Abolição e propriedade na trajetória de Henrique Beuarepaire Rohan». Ler História, revista académica portuguesa 

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