Henrique de Borgonha, conde de Portucale

Henrique de Borgonha
Conde de Portucale
Henrique de Borgonha, conde de Portucale
Conde de Portucale
(com Teresa)
Reinado c. 1096
a 22 de maio de 1112
Doação do condado c. 1096
Antecessor(a) Raimundo de Borgonha (enquanto Conde da Galiza, englobando os territórios Portucalenses)
Sucessor(a) Teresa
(sozinha, como rainha)
 
Nascimento 1066
  Dijon, Ducado da Borgonha
Morte 22 de maio de 1112 (46 anos)
  Astorga, Reino de Leão
Sepultado em Sé de Braga, Braga, Minho, Portugal
Cônjuge Teresa de Leão
Descendência Urraca, Infanta de Portugal
Sancha, Senhora de Bragança
Afonso I, Rei de Portugal
Casa Borgonha, ramo cadete da Dinastia Capetiana
Pai Henrique de Borgonha
Mãe Sibila da Borgonha
Religião Católica Apostólica Romana
Assinatura Assinatura de Henrique de Borgonha

Henrique de Borgonha, conhecido em Portugal por Conde D. Henrique (Dijon, 1066Astorga, 22 de maio de 1112), foi conde de Portucale desde 1096 até à sua morte.

Pertencia à família ducal da Borgonha, sendo filho de Henrique, herdeiro do duque Roberto I[1] com Sibila da Borgonha, e irmão dos também duques Odo I e Hugo I. Sendo um filho mais novo, D. Henrique tinha poucas possibilidades de alcançar fortuna e títulos por herança, tendo por isso aderido à Reconquista da Península Ibérica. Ajudou o rei Afonso VI de Leão a conquistar o Reino da Galiza, recebendo como recompensa pelos seus serviços casamento com a filha ilegítima do monarca, Teresa de Leão. Alguns anos mais tarde, em 1096, D. Henrique recebeu de Afonso VI o Condado Portucalense, que lhe assim passava a prestar vassalagem directa. O rei de Leão pretendeu assim limitar o poder do conde Raimundo de Borgonha, casado com Urraca de Leão.

Henrique morreu a 22 de Maio de 1112, tendo sido sepultado na Sé de Braga. Seu filho D. Afonso Henriques sucedeu ao pai e tornou-se o segundo conde de Portucale em 1112.[2] No entanto, o jovem Afonso Henriques rebelou-se contra a sua mãe em 1128, que pretendia manter-se no governo do condado. Afonso passou a intitular-se "Rei dos portugueses" em 1140, independente de Leão, recebendo o reconhecimento oficial de Leão em 1143 através do tratado de Zamora[3] e do Papado em 1179 através da Bula Manifestis probatum.[4]

  1. Mattoso 2014, p. 28.
  2. Mattoso 2014, pp. 25-27.
  3. Mattoso 2014, p. 212.
  4. Mattoso 2014, p. 359.

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