Hepatite | |
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Doença hepática alcoólica evidente por transformação gordurosa, morte celular e corpos de Mallory | |
Especialidade | Infectologia, gastroenterologia |
Sintomas | Pele amarela, falta de apetite, dor abdominal[1][2] |
Complicações | Cirrose, insuficiência renal, cancro do fígado[3] |
Duração | Aguda ou crónica[1] |
Tipos | A, B, C, D e E.[3] |
Causas | Vírus, consumo de álcool, toxinas, autoimune[3][2] |
Prevenção | Vacina (para hepatite de causa viral)[2] |
Tratamento | Medicação, transplante de fígado[1][4] |
Frequência | > 500 milhões de casos[3] |
Mortes | > um milhão por ano[3] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | K73.9 |
CID-9 | 570, 571.4, 571.40, 571.41 |
CID-11 | 2046015098 |
DiseasesDB | 20061 |
MedlinePlus | 001154 |
MeSH | D006505 |
Leia o aviso médico |
Hepatite é a inflamação dos tecidos do fígado.[3] Algumas pessoas não manifestam sintomas, enquanto em outras os sintomas mais comuns são tonalidade amarela da pele e da parte branca dos olhos, falta de apetite, vómitos, fadiga, dor abdominal ou diarreia.[1][2] A hepatite pode ser temporária (aguda) ou de longa duração (crónica), dependendo se a duração é inferior ou superior a seis meses.[1][5] A hepatite aguda pode por vezes resolver-se espontaneamente, evoluir para hepatite crónica ou, raramente, resultar em insuficiência hepática aguda.[6] Ao longo do tempo, a hepatite crónica pode evoluir para cirrose, insuficiência hepática ou cancro do fígado.[3]
A causa mais comum em todo o mundo são vírus.[3][2] Entre outras possíveis causas estão o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, alguns medicamentos, toxinas, outras infeções, doenças autoimunes,[3][2] e esteatohepatite não alcoólica (NASH).[7] Existem cinco principais tipos de hepatite viral: hepatite A, B, C, D e E.[3] As hepatites A e E são transmitidas principalmente por comida e água contaminadas.[3] A hepatite B é transmitida principalmente por via sexual, embora possa também ser transmitida da mãe para o bebé durante a gravidez ou parto.[3] As hepatites B e C podem ainda ser transmitidas através de sangue infetado, o que é frequente na partilha de seringas entre toxicodependentes.[3] A hepatite D só infeta pessoas já infetadas com hepatite B.[3]
As hepatites A, B e D podem ser prevenidas com vacinação.[2] Os casos crónicos de hepatite viral podem ser tratados com medicamentos.[1] Embora não exista tratamento específico para a NASH, é importante manter um estilo de vida saudável, incluindo a prática de exercício físico, dieta saudável e perda de peso.[7] A hepatite autoimune pode ser tratada com medicamentos imunossupressores.[8] Em alguns casos pode ser considerada a realização de um transplante de fígado.[4]
Em 2015 a hepatite A afetava cerca de 114 milhões de pessoas em todo o mundo, a hepatite B crónica cerca de 343 milhões e a hepatite C crónica cerca de 142 milhões.[9] Nos Estados Unidos, a NASH afeta cerca de 11 milhões de pessoas e a hepatite alcoólica cerca de 5 milhões.[7][10] A hepatite é a causa de mais de um milhão de mortes por ano, a maioria das quais ocorre de forma indireta como resultado da cicatrização do fígado ou do cancro do fígado.[3][11] O termo tem origem no grego hêpar, que significa "fígado", e -itis, que significa "inflamação".[12]