Hildegarda de Bingen

Hildegarda de Bingen
Hildegarda de Bingen
Retrato de Hildegarda no Liber scivias Domini
Monja Beneditina e Doutora da Igreja
Nascimento 1098
Bermersheim vor der Höhe, Alemanha
Morte 17 de setembro de 1179 (81 anos)
Mosteiro de Rupertsberg, Alemanha
Veneração por Igreja Católica
Beatificação Data ignorada. Veneração pública autorizada em 1324 pelo papa João XXII.[1]
Canonização 1584, em canonização administrativa autorizada pelo papa Gregório XIII, sem processo formal.[2]

10 de maio de 2012, em canonização equipolente (ou equivalente) pelo Papa Bento XVI.

Principal templo Igreja de Santa Hildegard, Eibingen, Alemanha
Festa litúrgica 17 de setembro
Padroeira músicos
Portal dos Santos

Hildegarda de Bingen (em alemão: Hildegard von Bingen; Bermersheim vor der Höhe, verão de 1098Mosteiro de Rupertsberg, 17 de setembro de 1179), apelidada Sibila do Reno, foi uma monja beneditina, mística, teóloga, pregadora, compositora, naturalista, médica informal, poetisa, dramaturga e escritora alemã. Foi mestra do Mosteiro de Rupertsberg em Bingen am Rhein, na Alemanha. É uma santa e doutora da Igreja Católica.

Personalidade muito citada mas de fato pouco conhecida pelo grande público moderno, rompendo as barreiras dos preconceitos contra as mulheres que existiam em seu tempo, se tornou respeitada como uma autoridade em assuntos teológicos, louvada por seus contemporâneos em altos termos. Hoje é considerada uma das figuras mais singulares e importantes do século XII europeu, e suas conquistas têm poucos paralelos mesmo entre os homens mais ilustres e eruditos de sua geração. Seus vários e extensos escritos mostram que ela possuía uma concepção mística e integrada do universo, ainda que essa concepção não excluísse o realismo e encontrasse no mundo muitos problemas. A solução para eles, de acordo com suas ideias, devia advir de uma união cooperativa e harmoniosa entre corpo e espírito, entre natureza, vontade humana e graça divina. Mas não tentou inaugurar uma nova corrente de pensamento religioso; sempre permaneceu fiel à ortodoxia do Catolicismo, e combateu as heresias e a corrupção do clero. Quis acima de tudo desvelar para seus semelhantes os mistérios da religião, do cosmos, do homem e da natureza. Para ela o universo era a resposta para as dúvidas da humanidade, e a humanidade era a resposta para o enigma do universo. Mas, como ela escreveu, se a humanidade não fizesse a pergunta, o Espírito Santo não poderia respondê-la.[3] Foi a primeira de uma longa série de mulheres influentes tanto na religião como na política, e um representante típico da aristocracia cultural beneditina. Orgulhosa de pertencer a uma elite social e espiritual, mostrou-se no entanto humilde e submissa a Deus.[4]

Além de mística, teóloga e pregadora, foi poetisa e compositora talentosa, deixando obra de vulto e original. Também fez muitas observações da natureza com uma objetividade científica até então desconhecida, especialmente sobre as plantas medicinais, compilando-as em tratados onde abordou ainda vários temas ligados à medicina e ofereceu métodos de tratamento para várias doenças.[5] Seus primeiros biógrafos a mencionaram como santa e lhe atribuíram alguns milagres, em vida e logo após a sua morte. Abriu-se um processo de canonização, mas sua causa parou na beatificação. Entretanto, em 1584 o papa Gregório XIII autorizou a inclusão do seu nome no Martirológio Romano como santa. Seu dia é festejado em muitas dioceses alemãs. O papa Bento XVI reafirmou oficialmente sua santidade e a proclamou Doutora da Igreja através de carta apostólica de 7 de outubro de 2012. Depois de um longo período de obscuridade, sua vida e obra vêm recebendo atenção crescente desde a segunda metade do século XX; seus escritos começaram a ser traduzidos para várias línguas, muitos livros e ensaios já lhe foram dedicados e foram feitas diversas gravações com sua música.[5][6]

  1. Butler, Alban; Burns, Paul & Thomas, Sarah Fawcett. Butler's lives of the saints. Volume 9 de Butler's Lives of the Saints Series. Continuum International Publishing Group, 2000. p. 168
  2. Hildegard von Bingen - Heilige der Kirche. Pfarreiengemeinschaft der katholischen Pfarrgemeinden
  3. Schipperges, Heinrich. Hildegard von Bingen. Markus Wiener Publishers, 1997. pp. 3-5
  4. Bingen, Hildegard von; Bishop, Jane & Hart, Columba. Scivias . Classics of Western spirituality. Paulist Press, 1990. p. 9
  5. a b Saint Hildegard. Encyclopædia Britannica Online. 21 Nov. 2009
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