Hipotiroidismo | |
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Estrutura molecular da tiroxina, cuja deficiência causa os sintomas de hipotiroidismo | |
Sinónimos | Tiroide hipoativa |
Especialidade | Endocrinologia |
Sintomas | Diminuição da tolerância ao frio, cansaço, obstipação, depressão, aumento de peso[1] |
Complicações | Durante a gravidez pode resultar em cretinismo no bebé[2] |
Início habitual | > 60 anos de idade[1] |
Causas | Deficiência de iodo, tiroidite de Hashimoto[1] |
Método de diagnóstico | Análises ao sangue (hormona estimulante da tiroide, tiroxina)[1] |
Condições semelhantes | Depressão, demência, insuficiência cardíaca, síndrome da fadiga crónica[3] |
Prevenção | Sal iodado[4] |
Tratamento | Levotiroxina[1] |
Frequência | 0,3–0,4% (EUA)[5] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | E03.9 |
CID-9 | 244.9 |
CID-11 | 1722092627 |
DiseasesDB | 6558 |
MedlinePlus | 000353 |
eMedicine | med/1145 |
MeSH | D007037 |
Leia o aviso médico |
Hipotiroidismo (português europeu) ou hipotireoidismo (português brasileiro) é uma doença do sistema endócrino em que a glândula tiroide não produz hormonas da tiroide em quantidade suficiente.[1] A condição pode causar uma série de sintomas, como a falta de tolerância ao frio, fadiga, obstipação, depressão e ganho de peso.[1] Em alguns casos pode ocorrer aumento de volume da parte da frente do pescoço devido a um bócio.[1] Se o hipotiroidismo durante a gravidez não for tratado, pode causar atrasos no crescimento e desenvolvimento intelectual do bebé, uma condição denominada cretinismo.[2]
A causa mais comum de hipotiroidismo na generalidade do mundo é a deficiência de iodo na dieta.[5][6] Nos países com iodo suficiente na dieta, a principal causa da doença é uma doença autoimune denominada tiroidite de Hashimoto.[1] Entre as causas menos comuns estão um tratamento anterior com iodo radioativo, lesões no hipotálamo ou na adenoipófise, determinados medicamentos, hipotiroidismo congénito ou uma anterior cirurgia à tiroide.[1][7] A suspeita de um diagnóstico de hipotiroidismo pode ser confirmada com análises ao sangue, que avaliam os valores de hormona estimulante da tiroide (TSH) e tiroxina.[1] O hipotiroidismo sub-clínico é uma forma pouco grave de hipotiroidismo caracterizada por valores de tiroxina normais e valores de TSH acima do normal.[5]
A prevenção ao nível da população em geral tem sido feita com a iodização do sal.[4] O hipotiroidismo pode ser tratado com a hormona sintética levotiroxina. A dose é ajustada de acordo com os sintomas e da normalização dos valores da tiroxina e de TSH. A medicação para a tiroide é segura durante a gravidez. Embora seja importante alguma quantidade de iodo na dieta, o iodo em excesso pode agravar determinados tipos de hipotiroidismo.[1]
Estima-se que em todo o mundo haja mil milhões de pessoas com deficiência de iodo. No entanto, desconhece-se qual a percentagem que resulta em hipotiroidismo.[8] Nos Estados Unidos, o hipotiroidismo afeta 0,3–0,4% das pessoas.[5] Estima-se que o hipotiroidismo sub-clínico ocorra em 4,3–8,5% das pessoas nos Estados Unidos.[5] O hipotiroidismo é mais comum entre mulheres do que em homens.[1] As pessoas com mais de 60 anos são afetadas com maior frequência.[1] A doença também ocorre em cães e, em casos raros, gatos e cavalos.[9] O termo "hipotiroidismo" tem origem no grego hypo- ("diminuído"), thyreos ("escudo") e eidos ("forma)"[10]