Holodomor Голодомор | |
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Vítima do Holodomor numa rua da cidade ucraniana de Carcóvia. Essa fotografia foi efectuada por Alexander Wienerberger, em 1932. | |
Local: | Ucrânia Soviética |
Período: | 1932-1933 |
Vítimas: | ucranianos |
Número de vítimas: | entre 1,8 e 12 milhões |
Observações: |
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Nota: | Ajuda estrangeira rejeitada pelo Estado. Respectivamente 176 200 e 325 000 toneladas de cereais fornecidas pelo Estado como alimentos e ajudas de sementes entre fevereiro e julho de 1933. |
Este artigo faz parte da série sobre o |
Holodomor |
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Contexto histórico |
Governo soviético |
Instituições
Políticas |
Partes responsáveis |
Investigação e compreensão |
O Holodomor (em ucraniano: Голодомо́р; romaniz.: Holodomór;[1] derivado de em ucraniano: морити голодом; romaniz.: moryty holodom; lit. "matar pela fome"),[2][3][4] também conhecido como a Fome-Terror[5][6][7] e por vezes referido como a Grande Fome,[8] foi um período de fome na Ucrânia Soviética entre 1932 e 1933 que causou a morte de milhões de ucranianos. Como parte da mais vasta fome soviética de 1932-33, que afetou as principais áreas produtoras de cereais do país, milhões de habitantes da Ucrânia, a maior parte de etnia ucraniana, morreram de fome numa catástrofe sem precedentes na história da Ucrânia em tempos de paz.[9]
As estimativas iniciais do número de mortos por estudiosos e funcionários do governo variaram muito.[10] De acordo com estimativas mais elevadas, até 12 milhões[11] de ucranianos étnicos teriam perecido em resultado da fome. Uma declaração conjunta das Nações Unidas, assinada por 25 países em 2003, declarou que entre 7 a 10 milhões pereceram.[12] Desde então, a investigação reduziu as estimativas para entre 3,3 e 7,5 milhões. Segundo as conclusões do Tribunal de Recurso de Kiev, em 2010, as perdas demográficas devidas à fome ascenderam a 10 milhões, com 3,9 milhões de mortes por fome directa, e mais 6,1 milhões de défices de natalidade.[13]
Desde 2006, o Holodomor é reconhecido pela Ucrânia[14] e outros 16 países[15] como um genocídio do povo ucraniano levado a cabo pelo governo soviético.[16][17] Se o Holodomor foi genocídio é ainda objecto de debate académico, tal como as causas da fome e da intencionalidade das mortes.[18][19][20] Alguns académicos acreditam que a fome foi planeada por Joseph Stalin para eliminar um movimento de independência ucraniano.[9][21] Outros sugerem que foi uma consequência da industrialização soviética.[22][23][24] O termo Holodomor enfatiza os aspectos artificiais e intencionais da fome, tais como a rejeição de ajuda externa, o confisco de todos os alimentos domésticos e a restrição do movimento populacional.
The Great Famine (Holodomor) of 1932–33 – a man-made demographic catastrophe unprecedented in peacetime. Of the estimated six to eight million people who died in the Soviet Union, about four to five million were Ukrainians … Its deliberate nature is underscored by the fact that no physical basis for famine existed in Ukraine … Soviet authorities set requisition quotas for Ukraine at an impossibly high level. Brigades of special agents were dispatched to Ukraine to assist in procurement, and homes were routinely searched and foodstuffs confiscated … The rural population was left with insufficient food to feed itself.
In the former Soviet Union millions of men, women and children fell victims to the cruel actions and policies of the totalitarian regime. The Great Famine of 1932–1933 in Ukraine (Holodomor), which took from 7 million to 10 million innocent lives and became a national tragedy for the Ukrainian people. […] [A]s a result of civil war and forced collectivization, leaving deep scars in the consciousness of future generations. […] [W]e deplore the acts and policies that brought about mass starvation and death of millions of people. We do not want to settle scores with the past, it could not be changed, but we are convinced that exposing violations of human rights, preserving historical records and restoring the dignity of victims through acknowledgement of their suffering, will guide future societies and help to avoid similar catastrophes in the future. …
Similarly, the overwhelming weight of opinion among scholars working in the new archives (including Courtois's co-editor Werth) is that the terrible famine of the 1930s was the result of Stalinist bungling and rigidity rather than some genocidal plan.
Similarly, the overwhelming weight of opinion among scholars working in the new archives (including Courtois's co-editor Werth) is that the terrible famine of the 1930s was the result of Stalinist bungling and rigidity rather than some genocidal plan.