Ida B. Wells

Ida B. Wells
Ida B. Wells
Ida B. Wells em c. 1893
Nascimento Ida Bell Wells
16 de julho de 1862
Holly Springs, Mississippi, ECA
Morte 25 de março de 1931 (68 anos)
Chicago, Illinois, EUA
Nacionalidade norte-americana
Progenitores Mãe: Elizabeth "Izzy Bell" Warrenton
Pai: James Wells
Cônjuge Ferdinand Lee Barnett (c. 1895)
Filho(a)(s) 6
Alma mater
Ocupação Ativista dos direitos civis e dos direitos das mulheres, professora, jornalista e editora de jornal

Ida Bell Wells-Barnett (Holly Springs, 16 de julho de 1862Chicago, 25 de março de 1931), mais conhecida como Ida B. Wells, foi uma jornalista,[1] editora de jornal, sufragista, feminista e socióloga norte-americana.[2] Ida tornou-se, sem sombra de dúvida, a mulher negra mais famosa dos Estados Unidos, em uma época de profundo preconceito e violência generalizada contra negros.[3][4]

Uma das precursoras do movimento dos direitos civis, Ida foi uma das fundadoras da National Association for the Advancement of Colored People (NAACP) em 1909 com a ajuda do Partido Republicano o qual a pertenceu.[5]

Ida nasceu na escravidão em Holly Springs. Ganhou a liberdade com a Proclamação de Emancipação durante a Guerra de Secessão, mas perdeu os pais para a epidemia de febre amarela aos 16 anos, em 1878. Assim, Ida precisou trabalhar para manter a família, com a ajuda da avó. Mudou-se com os irmãos para Memphis, onde poderia encontrar um emprego como professora que pagasse melhor. Logo ela se tornaria uma das donas de um jornal, o Memphis Free Speech and Headlight.[3]

Em 1880, Ida documentou uma série de linchamentos pelo país. Mostrou como o linchamento era usado com frequência no sul dos Estados Unidos para manter negros em constante estado de controle e punição generalizada pelos brancos. Por seus textos sobre a cobertura dos linchamentos, que foram lidos por todo o país, as prensas de seu jornal foram destruídas por uma turba de homens brancos.[6]

Sob constantes ameaças, Ida precisou sair de Memphis, mudando-se para Chicago. Lá ela se casou e constituiu família, enquanto continuava escrevendo, palestrando e organizando passeatas pelos direitos civis pelo resto da vida. Ida foi franca sobre suas crenças como ativista negra e enfrentou a desaprovação pública regularmente, que incluía líderes com pontos de vista divergentes tanto do movimento dos direitos civis quanto do movimento de sufrágio feminino. Foi muito ativa no movimento feminista e do sufrágio, estabelecendo várias organizações de mulheres. Era excelente na oratória e na retórica, tendo viajado para o exterior para dar palestras.[7]

  1. Lee D. Baker (Fevereiro de 2012). «Ida B. Wells-Barnett:Fighting and Writing for Justice» (PDF). Departamento de Estado dos Estados Unidos. eJournal USA (em inglês). 16 (6): 6–8 
  2. Baker, Lee D. «Ida B. Wells-Barnett and Her Passion for Justice» (em inglês). Universidade Duke. Consultado em 15 de fevereiro de 2016 
  3. a b Dickerson, Caitlin. «Ida B. Wells, Who Took on Racism in the Deep South With Powerful Reporting on Lynchings». The New York Times. ISSN 0362-4331. Consultado em 22 de setembro de 2018 
  4. Camila Feiler (ed.). «O que marcou a história de Ida B. Wells e porque o Brasil precisa saber dela». Nossa Causa. Consultado em 22 de setembro de 2018 
  5. Foreman, P. Gabrielle (1 de janeiro de 1997). «Review of The Memphis Diary of Ida B. Wells». African American Review. 31 (2): 363–365. doi:10.2307/3042494 
  6. Ware, Susan (2001). Modern American Women: a Documentary History. Nova Iorque: McGraw-Hill Higher Education. p. 384. ISBN 978-0072418200 
  7. «Guide to the Ida B. Wells Papers 1884–1976». University of Chicago Library. Consultado em 21 de março de 2015 

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