Incidente do Passo Dyatlov foi um acontecimento que resultou na morte de nove esquiadores ao norte dos montes Urais, na antiga União Soviética, na noite de 2 de fevereiro de 1959. O incidente aconteceu na costa leste da montanha Kholat Syakhl (Холат Сяхл), cujo nome em mansi significa "Montanha dos Mortos". Desde então, o passo de montanha onde o incidente ocorreu é chamado de Passo Dyatlov (Перевал Дятлова), baseado no nome do líder do grupo, Igor Dyatlov.
A ausência de testemunhas e as investigações subsequentes acerca da morte dos esquiadores inspiraram intensas especulações. Investigadores da época determinaram que os esquiadores rasgaram suas barracas de dentro para fora, fugindo a pé sob forte nevasca. Apesar dos corpos não demonstrarem sinais de luta, duas vítimas apresentavam o crânio fraturado e duas tinham costelas partidas. As autoridades soviéticas determinaram que uma "força desconhecida" provocara as mortes; o acesso à região foi consequentemente bloqueado a esquiadores e aventureiros por três anos após o incidente. Devido à ausência de sobreviventes, a cronologia dos eventos ainda permanece incerta.[1][2][3]
A Rússia abriu uma nova investigação sobre o incidente em 2019 e as conclusões foram apresentadas em julho de 2020: a investigação concluiu que a causa da morte foi hipotermia associada a uma avalanche, forçando o grupo a deixar seu acampamento, juntamente com a baixa visibilidade. Andrey Kuryakov, vice-chefe da promotoria regional, declarou: “Foi uma luta heroica. Não houve pânico. Mas eles não tiveram chance de se salvar nessas circunstâncias”.[4] Um estudo, publicado em 28 de janeiro de 2021, fornece as primeiras evidências científicas por trás de uma pequena avalanche, desencadeada em condições incomuns.[5][6]