Integralismo Lusitano

Integralismo Lusitano
Integralismo Lusitano
Fundadores José Hipólito Vaz Raposo
Luís de Almeida Braga
António de Sousa Sardinha
Alberto de Monsaraz
Francisco Rolão Preto
Fundação 1914
Dissolução 1932 (como organização política)
Ideologia Monarquia tradicional
Nacionalismo integral
Catolicismo político
Antiliberalismo
Antimaçonaria
Corporativismo
Integralismo
Tradicionalismo
Municipalismo
Religião Catolicismo
Publicação Nação Portuguesa
Sucessor Movimento Nacional-Sindicalista
Slogan Pola lei e pola grei

O Integralismo Lusitano (IL) designa um agrupamento sócio-político tradicionalista português e monárquico, activo e influente entre 1914 e 1932 que se opunha à Implantação da República Portuguesa, inclusivamente ao Estado Novo de Oliveira Salazar, à Monarquia Constitucional e Liberalismo.

Como movimento político advogava o tradicionalismo mas não o conservadorismo e era contra o parlamentarismo; em vez disso, favorecia a descentralização de poder, o municipalismo, o nacional sindicalismo, a Igreja católica e a monarquia tradicional ou orgânica.

Como doutrina política e social, surge numa época de aguda crise do Estado, fruto de outra mais profunda, a crise do Homem, e a sua primeira geração exerceu, assim, um esforço no sentido de definir o poder político e a sua actividade própria. De raiz humanista, era contrário a um nacionalismo fechado e totalitário; oposto ao nominalismo, era tradicionalista, e tinha um limite e uma regra, a doutrina católica sobre o Homem, daí estar aparentado ao catolicismo social.[1]

No fim, o Integralismo Lusitano tinha como objetivo principal a restauração da grandeza perdida da Nação Portuguesa, escolhida por Deus para dilatar a e o Império português. Com efeito, assim sustentou António Sardinha, em «Ao princípio era o Verbo»:

"O que se nos impõe é restituir à Pátria o sentimento da sua grandeza, — não duma grandeza retórica ou enfática, mas naturalmente, da grandeza que se desprende da vocação superior que a Portugal pertence dentro do plano providencial de Deus, como nação ungida para a dilatação da Fé e do Império. Dilatar a Fé e o Império equivale a sustentar o guião despedaçado da Civilização. Os motivos de luta e de apostolado que outrora nos levavam à Cruzada e à Navegação, esses motivos subsistem".

Contou entre os seus dirigentes mais destacados Hipólito Raposo, António Sardinha, Luís de Almeida Braga, Alberto Monsaraz, João Mendes da Costa Amaral, Pequito Rebelo e Francisco Rolão Preto. O velho Ramalho Ortigão chegou a aderir, com entusiasmo, ao movimento.

O grupo "Os Vencidos da Vida", do qual este último fazia parte, tinha no seu ideário o mesmo repúdio pelo parlamentarismo partidista (pela «partidocracia» como era por vezes dita) que levava a considerar que tinha sido a sua escola política e as pessoas que dele faziam parte com sendo os seus procederes e mestres,[2] do Integralismo Lusitano aqui abordado.

  1. A Restauração revisitada, por Mário Casa-Nova Martins, Alameda Digital
  2. Mário Saraiva, Sob o Nevoeiro (Ideias e Figuras), Edições Cultura Monárquica, Lisboa, 1987, p. 152

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