Iridologia

A iridologia (também conhecida como iridodiagnose[1] ou irisdiagnose[2]) é uma prática pseudocientífica de medicina alternativa cujos proponentes afirmam que os padrões, cores e outras características da íris podem ser examinados para determinar informações sobre a saúde sistêmica do paciente. Os praticantes apresentam suas observações em mapas da íris, que a dividem em zonas que correspondem a partes específicas do corpo humano. Iridologistas veem os olhos como "janelas" sobre o estado de saúde do corpo.

Iridologistas afirmam que podem utilizar os mapas para distinguir entre os sistemas e órgãos saudáveis do corpo daqueles que estão hiperativos, inflamados ou estressados. Iridologistas reivindicam que esta informação demonstra a suscetibilidade do paciente a determinadas doenças, reflete problemas anteriores ou prevê futuros problemas de saúde.

Contrária à medicina baseada em evidências, a iridologia não é suportada por pesquisas científicas de qualidade[3], sendo amplamente considerada como uma pseudociência.[4] As características da íris são uma das mais estáveis características do corpo humano ao longo da vida.[5] A estabilidade da sua estrutura, é o fundamento da tecnologia biométrica que utiliza o reconhecimento da íris [en] para fins de identificação.[6][7]

Em 1979, Bernard Jensen, um líder iridologista estadunidense, e outros dois iridologistas, falharam em estabelecer as bases de sua prática quando examinaram as fotografias dos olhos de 143 pacientes, em uma tentativa de determinar quais tinham doenças renais. Desses pacientes, 48 tinham sido diagnosticados com doença renal, enquanto o restante, apresentava função renal normal. Com base na análise da íris dos pacientes, os três iridologistas não foram capazes de distinguir quais pacientes tinham doença renal dos que estavam saudáveis.[8]

  1. Cline D; Hofstetter HW; Griffin JR. Dictionary of Visual Science. 4th ed. Butterworth-Heinemann, Boston. 1997. ISBN 0-7506-9895-0[falta página]
  2. LindlahrTake, Henry (2010) [1919]. Iridiagnosis and other diagnostic methods. Whitefish, Montana: Kessinger. ISBN 978-1-161-41232-1. Consultado em 12 de setembro de 2011 [falta página]
  3. Ernst, E. (2000). «Iridology: Not Useful and Potentially Harmful». Archives of Ophthalmology. 118 (1): 120–1. PMID 10636425. doi:10.1001/archopht.118.1.120 
  4. Hockenbury, Don H.; Hockenbury, Sandra E. (2003). Psychology. [S.l.]: Worth Publishers. p. 96. ISBN 0-7167-5129-1 
  5. Mehrotra, H; Vatsa, M; Singh, R; Majhi, B (2013). «Does iris change over time?». PLOS ONE. 8 (11): e78333. Bibcode:2013PLoSO...878333M. PMC 3820685Acessível livremente. PMID 24244305. doi:10.1371/journal.pone.0078333 
  6. Chellappa, edited by Massimo Tistarelli, Stan Z. Li, Rama (2009). Handbook of remote biometrics : for surveillance and security. New York: Springer. p. 27. ISBN 978-1-84882-384-6 
  7. Pankanti, edited by Anil K. Jain and Ruud Bolle and Charath (1996). Biometrics : personal identification in networked society [Online-Ausg.] ed. New York: Springer. p. 117. ISBN 0-7923-8345-1 
  8. Simon A; et al. (1979), «An evaluation of iridology», Journal of the American Medical Association, 242 (13): 1385–1387, PMID 480560, doi:10.1001/jama.1979.03300130029014 

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