Jefferson Davis

Jefferson Davis
Jefferson Davis
Presidente dos Estados Confederados
Período 22 de fevereiro de 1861
a 10 de maio de 1865
Vice-presidente Alexander H. Stephens
Senador por Mississippi
Período 4 de março de 1857
a 21 de janeiro de 1861
Antecessor(a) Stephen Adams
Sucessor(a) Adelbert Ames
23º Secretário da Guerra dos Estados Unidos
Período 7 de março de 1853
a 4 de março de 1857
Presidente Franklin Pierce
Antecessor(a) Charles Magill Conrad
Sucessor(a) John B. Floyd
Senador por Mississippi
Período 10 de abril de 1847
a 23 de setembro de 1851
Antecessor(a) Jesse Speight
Sucessor(a) John J. McRae
Membro da Câmara dos Representantes pelo Grande distrito de Mississippi
Período 8 de dezembro de 1845
a 1 de junho de 1846
Antecessor(a) Tilghman Tucker
Sucessor(a) Henry T. Ellett
Dados pessoais
Nome completo Jefferson Finis Davis
Nascimento 3 de junho de 1808
Fairview, Kentucky
Estados Unidos
Morte 6 de dezembro de 1889 (81 anos)
Nova Orleães, Luisiana
Estados Unidos
Progenitores Mãe: Jane Cook
Pai: Samuel Emory Davis
Alma mater Universidade da Transilvânia
Academia Militar dos Estados Unidos
Esposas Sarah Knox Taylor (1835)
Varina Howell (1845–1889)
Filhos(as)
  • Samuel
  • Margaret
  • Jefferson Jr.
  • Joseph
  • William
  • Varina
Partido Democrata
Religião Episcopalismo
Assinatura Assinatura de Jefferson Davis
Serviço militar
Lealdade Estados Unidos
Serviço/ramo Exército dos Estados Unidos
Voluntários dos Estados Unidos
Anos de serviço 1825–1835 (Exército)
1846–1847 (Voluntários)
Graduação Primeiro Tenente (Exército)
Coronel (Voluntários)
Unidade 1º Regimento de Cavalaria (Exército)
Comandos 155º Regimento de Infantaria (Voluntários)
Conflitos Guerras Indígenas
Guerra Mexicano-Americana

Jefferson Finis Davis (Fairview, 3 de junho de 1808Nova Orleans, 6 de dezembro de 1889) foi um estadista norte-americano e Presidente dos Estados Confederados da América durante a Guerra Civil Americana.

Davis nasceu no Kentucky e cresceu nas plantações do Mississippi e da Luisiana. Formou-se na Academia Militar de West Point e combateu na Guerra Mexicano-Americana como coronel de um regimento de voluntários. Prestou serviço como Secretário de Guerra dos Estados Unidos sob a liderança do Presidente democrata Franklin Pierce, e serviu como senador pelo estado do Mississipi. A sua plantação no Mississipi dependia do trabalho escravo, como a maioria das plantações do Sul. Como senador, era contra a secessão inicialmente, mas concordava em que cada estado era soberano e tinha o direito indiscutível de se separar da União. Davis perdeu a sua primeira esposa, que morreu vitima de malária, três meses depois de se casar, e por pouco também não morreu. Com a segunda mulher, teve seis filhos, mas apenas dois morreram depois dele. Durante toda a sua vida sofreu com uma saúde fraca.

Como Presidente dos Estados Confederados da América, desde o seu início em 1861, até ao seu final em 1865, Davis foi responsável pelos planos de guerra dos confederados, mas foi incapaz de elaborar uma estratégia que parasse o avanço, mais forte e organizado, da União. Os seus esforços diplomáticos fracassaram, com seu governo não sendo reconhecido por qualquer país estrangeiro.[1] Em termos domésticos, não prestou muita atenção ao colapso da economia confederada; sua administração cada vez mais emitia dinheiro para fazer face às despesas de guerra, originando uma inflação crescente.[2][3]

Os historiadores tendem a justificar as fraquezas e deficiências da Confederação no Presidente Davis.[4] A sua preocupação com detalhes, relutância em delegar responsabilidades, imagem fraca junto do público, relacionamento ruim com políticos e generais, favoritismo em relação a antigos amigos, incapacidade para se relacionar com quem discordasse dele, negligência de assuntos de natureza civil favorecendo os militares, e uma tendência para não saber lidar com a opinião pública, foram fatos que não o ajudaram na sua gestão.[5][6] Davis é descrito como um líder militar muito menos eficiente que o seu homólogo da União, Abraham Lincoln.[7]

Depois de Davis ter sido capturado em 1865, foi acusado de traição, mas não foi julgado, e acabou libertado dois anos depois; Embora não tenha ficado totalmente mal-visto, Davis deixou de fazer parte das amizades do líder sulista, general Robert E. Lee. Mesmo assim, muitos sulistas simpatizavam com o seu espírito desafiador, recusa em aceitar uma derrota e resistência à Reconstrução. Com o passar do tempo, a admiração pelo seu orgulho e pelos seus ideais, fizeram dele um herói da Guerra Civil para muitos sulistas, e o seu legado tornou-se parte da fundação do pós-guerra do "Novo Sul".[8] Davis escreveu um memorial intitulado The Rise and Fall of the Confederate Government, o qual terminou em 1881, e que também ajudou a restaurar a sua reputação. No final da década de 1880, deu início a uma ação de reconciliação dizendo aos sulistas para serem leais à União. Em meados de novembro de 1889, seu estado de saúde teve uma piora, e culminou na sua morte em 6 de dezembro, em Nova Orleães, aos 81 anos de idade.[9]

  1. «Preventing Diplomatic Recognition of the Confederacy, 1861-1865». United States Department of State. Consultado em 12 de Agosto de 2013. Arquivado do original em 28 de agosto de 2013 
  2. Escott 1978, pp. 146, 269.
  3. Cooper 2000, p. 352.
  4. Cooper 2008, pp. 3-4.
  5. Wiley, Bell I. (1967). «Jefferson Davis: An Appraisal». Civil War Times Illustrated. 6 (1): 4–17 
  6. Escott 1978, pp. 197, 256–274.
  7. Cooper, Jr., William J. (2010), «A Reassessment of Jefferson Davis as War Leader», in: Hewitt, Lawrence Lee; Bergeron, Jr., Arthur W., Confederate Generals in the Western Theater, Volume 1: Classic Essays on America's Civil War, ISBN 9781572337008, Knoxville: University of Tennessee Press, p. 161 
  8. Strawbridge, Wilm K. (Dezembro de 2007). «A Monument Better Than Marble: Jefferson Davis and the New South». Journal of Mississippi History. 69 (4): 325–347 
  9. Cooper 2000, pp. 652–654.

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