Jovem Guarda

 Nota: Este artigo é sobre o movimento cultural da década de 60. Para o programa de televisão, veja Jovem Guarda (programa de televisão). Para o álbum de Roberto Carlos, veja Jovem Guarda (álbum de Roberto Carlos).
Jovem Guarda
Jovem Guarda
Erasmo Carlos, Wanderléa e Roberto Carlos: três dos maiores representantes da Jovem Guarda
Origens estilísticas Rock and roll, rockabilly, surf rock, música beat, soul, pop[1]
Contexto cultural segunda metade da década de 1960, Brasil
Instrumentos típicos vocal, guitarra elétrica, baixo, bateria, teclado, sintetizador
Popularidade Bastante popular em sua curta existência

A Jovem Guarda foi um movimento cultural brasileiro surgido em meados da década de 1960, que mesclava música, comportamento e moda, traduzindo-se, portanto, em um estilo ou gênero musical, em um modo de comportamento, e em um modo de vestir.[2][3]

Consolidado com este nome em 22 de agosto de 1965, a partir da estreia do programa televisivo Jovem Guarda exibido pela TV Record, em São Paulo, apresentado pelo cantor e compositor Roberto Carlos, conjuntamente com o também cantor e compositor Erasmo Carlos e da cantora Wanderléa, deu origem a toda uma nova linguagem musical e comportamental no Brasil. Sua alegria e descontração transformaram-na em um dos maiores fenômenos nacionais do século XX.

Sua principal influência era o rock and roll do final da década de 1950 e início dos 1960 e o soul da Motown.[1] Grande parte de suas letras tinham temáticas amorosas, adolescentes e açucaradas - algumas das quais, versões de hits do rock britânico e norte-americanos da época.

Por essa inspiração, a Jovem Guarda tornou-se o primeiro movimento musical no país que pôs a música brasileira em sintonia com o fenômeno internacional do rock da época, catalisado especialmente pelos Beatles. Os músicos e cantores começaram a fazer versões de músicas estrangeiras com letras próprias em português para lançar como se fossem suas, para depois compor suas próprias musicas em uma segunda fase.

Além de Roberto, Erasmo e Wanderléa, destacaram-se no movimento artistas como Ronnie Von, Eduardo Araújo e Sylvinha Araújo, Wanderley Cardoso, Jerry Adriani, Martinha, Vanusa, Rossini Pinto, Leno e Lílian, Evinha (Trio Esperança), Deny e Dino, Paulo Sérgio, Dick Danello, Agnaldo Rayol, Reginaldo Rossi, Sérgio Reis, Antônio Marcos, José Roberto, Márcio Greyck, Sérgio MuriloWaldirene, Arthurzinho, Ed Wilson, Ronnie Cord, Ary Sanches, José Ricardo, Jorge Ben Jor, Tim Maia, Bobby de Carlo, Jean Carlo, George Freedman, além de bandas como Golden Boys, Renato e Seus Blue Caps, Lafayette e seu Conjunto, Os Incríveis, Os Vips, Os Jovens, The Pops e The Fevers.

Fenômeno midiático que arrastou multidões, também designado como iê-iê-iê, em alusão direta à expressão yeah-yeah-yeah presente em sucessos dos Beatles, a Jovem Guarda era vista com restrições por setores da crítica, uma vez que sua música era considerada alienada pelo público engajado, mais afeito, primeiro à bossa nova e, depois, às canções de protesto dos festivais.


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