Limes

Fronteiras do Império Romano 

Muralha de Adriano perto de Greenhead Lough, Escócia

Critérios C (ii) (iii) (iv)
Referência 430 en fr es
Coordenadas 48º 53' 03" N 11º 47' 09" E (Alemanha)

54º 59' 33" N 2º 36' 3" W (Reino Unido)

Histórico de inscrição
Inscrição 1987, 2005

Nome usado na lista do Património Mundial

Limes ("limite", em latim)[1] são o conjunto das fortificações, delimitações e ocupações sistemáticas romanas nas bordas do seu império. Elas assumiram um papel estratégico, pois tinham como função conectar as diversas partes do império e incluir dentro de seus limites áreas de fácil colonização, automaticamente excluindo aquelas cujas condições de ocupação não eram favoráveis. Segundo o historiador Edward Luttwak, as fronteiras deveriam também ser tão curtas quanto possível - elas deveriam ocupar a menor distância entre seus extremos - no intuito de reduzir os gastos com construção e mão de obra.[2]

O limes pode ser dividido em quatro tipo: o limes fechado da Britânia, com a Muralha de Adriano; Germânia, o limes aberto e descontínuo da Síria, o limes africano que era uma área de penetração e troca com os povos nômades e à oeste um limes que formava a fronteira física do império.[3]

Nas regiões fronteiriças, o comportamento político dos romanos foi ambíguo: nas fronteiras orientais, onde as sociedades eram mais antigas e consideradas iguais pela sociedade romana, a ação era mais cautelosa; já nas fronteiras com os bárbaros, que eram considerados inferiores, a política foi pautada pela brutalidade e pela agressividade.[4]

O sítio arqueológico denominado "Fronteiras do Império Romano", que inclui o Limes germânico e a Muralha de Adriano, é tido como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

  1. Arthur A. Jones; Robin Wiseman (2009). The Goths: Children of the Storm. iUniverse. p. 127. ISBN 978-1-4401-3802-7.
  2. Luttwak, 1976, p.96.
  3. Gilvan Ventura da Silva; NORMA MUSCO MENDES (2006). Repensando o Império Romano: perspectiva socioeconômica, política e cultural. Mauad Editora Ltda. p. 41. ISBN 978-85-7478-181-5.
  4. Badian, 1968, p. 16-17.

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