Em guerra naval, a linha de batalha é uma tática em que os navios da frota formam uma linha do início ao fim.[1] Uma forma primitiva foi utilizada pelos portugueses sob Vasco da Gama em 1502 perto de Malabar contra uma frota muçulmana.[2] Embora seja bem documentado que Martin Tromp tenha usado pela primeira vez na Ação de 18 de setembro de 1639,[3] isto ainda é disputado por alguns. As primeiras instruções escritas em qualquer linguagem adotando a formação estavam contidas nas instruções de combate da Marinha Inglesa, escritas pelo almirante Robert Blake e publicadas em 1653.[4] Capitães individuais em ambos os lados da Primeira Guerra Anglo-Holandesa parecem ter experimentado esta técnica em 1652, possivelmente incluindo Blake na Batalha de Goodwin Sands.[4] Para alguns autores a linha de batalha e os navios de linha propriamente ditos são uma invenção inglesa. Na Batalha de Gabbard em 1653 a frota inglesa deixou de lado os últimos traços de suas velhas táticas e lutou em uma simples linha a frente.[5]
A linha de batalha leva vantagem sobre as táticas navais anteriores-nas quais os navios se aproximavam entre si para combate individual-porque cada navio na linha pode disparar de seu costado sem medo de atingir um navio amigo. Portanto, em qualquer período determinado de tempo um número maior de tiros podiam ser disparados pela frota inteira. Outra vantagem é que um movimento relativo da linha em relação a alguma parte da frota inimiga permite uma concentração sistemática de fogo sobre essa parte. Para afastar esta possibilidade a outra frota pode, também, se mover em uma linha, com o resultado típico para batalhas navais desde 1675: duas frotas velejando lado a lado na mesma direção ou em rumo oposto. Um navio poderoso o suficiente para ficar na linha de batalha veio a ser conhecido como um "navio de linha"[Nota 1] A linha é a sua mais eficaz quando se movendo perpendicular ao eixo de movimento da frota inimiga, por exemplo, "cruzando o T" ou quebrando a linha inimiga e movendo-se através dela (por exemplo: Batalha de Quatro Dias, Batalha de Schooneveld, Batalha de Trafalgar), ao tentar cortar e isolar parte da linha do inimigo e concentrando uma força mais forte sobre ele (por exemplo: Batalha de Texel, Batalha de Saintes), ou ao tentar 'dobrar' os navios do inimigo (por exemplo: Batalha de Beachy Head). Desta forma, os navios inimigos bloqueiam a linha de fogo uns dos outros.
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