Livro de Miqueias

Miqueias exorta os israelitas a se arrependerem dos seus pecados (Miqueias 7:1-20). Ilustração de Gustave Doré, 1866.

O Livro de Miqueias é o sexto livro dos doze profetas menores da Bíblia hebraica e cristã, vem depois do Livro de Jonas e antes do Livro de Naum. Este pequeno livro profético do Antigo Testamento se caracteriza pela condenação dos ricos por explorarem os pobres. Denuncia os governantes, chefes e ricos das cidades de Jerusalém e Samaria. Estes estavam roubando o povo através da língua enganosa, com armadilhas, exigiam presentes e subornos. Miqueias também denunciou a cobiça, os ganhos imorais, a maldade planejada, a balança desonesta e o crime organizado. O conteúdo deste livro tem quase 2700 anos.

Miqueias nasceu em Morasti (Moréshet[1]), uma vila no interior do reino de Judá, a oeste de Hebrom. Por sua origem camponesa se assemelha à Amós, com quem compartilha uma aversão às grandes cidades e uma linguagem concreta e franca, nas comparações breves e nos jogos de palavras. Ele exerceu sua atividade entre os reinados de Jotão (Iotâm), Acaz, Ezequias e Manassés, isto é entre 750 e 680 AC,[2] antes e depois da tomada de Samaria pelos assírios em 721 AC, tendo sido contemporâneo de Oseias e de Isaías.[3]

  1. Tradução Ecumênica da Bíblia, Ed. Loyola, São Paulo, 1994, p 931
  2. Não durante todo esse período, mas sua atividade não é anterior a 750 a.C. e não é posterior à 680 a.C.
  3. Bíblia de Jerusalém, Nova Edição Revista e Ampliada, Ed. de 2002, 3ª Impressão (2004), Ed. Paulus, São Paulo, p 1.248

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