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O Livro de Miqueias é o sexto livro dos doze profetas menores da Bíblia hebraica e cristã, vem depois do Livro de Jonas e antes do Livro de Naum. Este pequeno livro profético do Antigo Testamento se caracteriza pela condenação dos ricos por explorarem os pobres. Denuncia os governantes, chefes e ricos das cidades de Jerusalém e Samaria. Estes estavam roubando o povo através da língua enganosa, com armadilhas, exigiam presentes e subornos. Miqueias também denunciou a cobiça, os ganhos imorais, a maldade planejada, a balança desonesta e o crime organizado. O conteúdo deste livro tem quase 2700 anos.
Miqueias nasceu em Morasti (Moréshet[1]), uma vila no interior do reino de Judá, a oeste de Hebrom. Por sua origem camponesa se assemelha à Amós, com quem compartilha uma aversão às grandes cidades e uma linguagem concreta e franca, nas comparações breves e nos jogos de palavras. Ele exerceu sua atividade entre os reinados de Jotão (Iotâm), Acaz, Ezequias e Manassés, isto é entre 750 e 680 AC,[2] antes e depois da tomada de Samaria pelos assírios em 721 AC, tendo sido contemporâneo de Oseias e de Isaías.[3]