Maria I da Inglaterra

 Nota: Este artigo é sobre a rainha da Inglaterra. Para outras com o mesmo nome, veja Maria I.
Maria I
Rainha da Inglaterra, Irlanda,
Espanha, Nápoles, Sicília e Jerusalém
Arquiduquesa da Áustria
Duquesa de Borgonha, Milão e Brabante
Condessa de Habsburgo, Flandres e Tirol
Maria I da Inglaterra
Rainha da Inglaterra e Irlanda
Reinado 19 de julho de 1553
a 17 de novembro de 1558
Coroação 1 de outubro de 1553
Antecessor(a) Eduardo VI
Sucessor(a) Isabel I
Rainha Consorte da Espanha
Reinado 16 de janeiro de 1556
a 17 de novembro de 1558
Predecessora Isabel de Portugal
Sucessora Isabel de Valois
 
Nascimento 18 de fevereiro de 1516
  Palácio de Placentia, Greenwich, Inglaterra
Morte 17 de novembro de 1558 (42 anos)
  Palácio de St. James, Londres, Inglaterra
Sepultado em Abadia de Westminster
Nome completo Mary Tudor
Marido Filipe II da Espanha
Casa Tudor
Pai Henrique VIII de Inglaterra
Mãe Catarina de Aragão
Religião Catolicismo
Assinatura Assinatura de Maria I

Maria I (Greenwich, 18 de fevereiro de 1516Londres, 17 de novembro de 1558) foi Rainha Reinante da Inglaterra e Irlanda de 1553 até sua morte, além de Rainha Consorte da Espanha a partir de 1556. Sendo filha de Henrique VIII com sua primeira esposa, Catarina de Aragão, atuou como o quarto e penúltimo monarca da Casa de Tudor.

Em 1533, quando seu pai decidiu anular o casamento com sua mãe para se casar com Ana Bolena, ela foi declarada como filha ilegítima do rei e excluída da linha de sucessão, sendo substituída por sua meia-irmã, Isabel; no entanto, retornou à mesma através de uma lei aprovada em 1543. Ela havia sido restabelecida como a herdeira do trono atrás de seu meio-irmão, Eduardo VI, cujo reinado aplicou a Reforma Protestante na Inglaterra, proibindo também que o catolicismo — religião seguida por Maria — fosse praticado em todo o reino. Quando teve conhecimento de sua iminente morte, movido pela diferença religiosa com sua meia-irmã, Eduardo assinou um documento onde escolhia sua prima, Joana Grey, como sua legítima sucessora. No entanto, Maria reuniu forças no reino e conquistou o apoio popular, depondo-a nove dias depois de sua ascensão.

Em seu reinado, Maria reverteu as reformas religiosas implantadas por Eduardo e o protestantismo passou a ser proibido na Inglaterra. Em 1556, ela se tornou Rainha Consorte da Espanha graças ao seu casamento com Filipe II, único filho de seu primo, Carlos V. O matrimônio foi recebido com uma revolta popular organizada por Thomas Wyatt, que buscava depô-la em favor de sua meia-irmã; no entanto, o levante fracassou e Isabel foi aprisionada na Torre de Londres. Por outro lado, Maria não teve filhos, passou por duas gravidezes psicológicas, uma em 1554 e outra em 1557, o que a fez ser ridicularizada na Europa, tornando a sucessão de Isabel iminente. No entanto, Maria só veio reconhecê-la como sucessora dias antes de sua morte, em 1558.

Maria é reconhecida como a primeira mulher a obter sucesso na reivindicação do trono da Inglaterra — a imperatriz Matilde fracassou em sua tentativa —, apesar da concorrência e determinação dos opositores. Em seus primeiros anos, gozava de apoio popular e simpatia, principalmente pela população católica. Apesar de seu reinado ser lembrado pelas perseguições aos protestantes, que lhe renderam o epíteto de "Maria Sangrenta",[n 1] suas políticas de reforma fiscal, expansão naval e exploração colonial se tornaram bem-sucedidas no Período Isabelino. Além disso, foi honrada pelo Papa Paulo IV com uma Rosa de Ouro.[1]


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  1. Fletcher 2017, p. 138.

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