Milton Campos

 Nota: Para outros significados, veja Milton Campos (desambiguação).
Milton Campos
Milton Campos
Milton Campos
Ministro da Justiça e Negócios Interiores do Brasil
Período 15 de abril de 1964
até 11 de outubro de 1965
Presidente Humberto Castelo Branco
Antecessor(a) Luís Antônio da Gama e Silva
Sucessor(a) Luís Viana Filho
23° Governador de Minas Gerais
Período 19 de março de 1947
até 31 de janeiro de 1951
Antecessor(a) Alcides Lins
Sucessor(a) Juscelino Kubitschek
Dados pessoais
Nascimento 16 de agosto de 1900
Ponte Nova, MG
Morte 16 de janeiro de 1972 (71 anos)
Belo Horizonte, MG
Nacionalidade brasileiro
Partido PP, UDN, ARENA
Ocupação Político
Professor
Jornalista
Advogado

Milton Soares Campos (Ponte Nova, 16 de agosto de 1900Belo Horizonte, 16 de janeiro de 1972) foi um político, professor, jornalista e advogado brasileiro. Foi governador de Minas Gerais, deputado federal, senador, vereador e ministro da Justiça.

Milton Campos bacharelou-se pela Faculdade de Direito de Minas Gerais - hoje da UFMG - em dezembro de 1922, e ainda estudante apoiou os candidatos oposicionistas da Reação Republicana aos governos estaduais e a República. Também no início dos anos 1920 participou, como escritor, da novela coletiva O capote do guarda[1], ao lado de escritores como Carlos Góes e Aníbal Machado. A partir de 1925 passou a dedicar-se profissionalmente também ao jornalismo, assumindo a direção dos Diários Associados em Minas, fundando e colaborando com o Estado de Minas e também para o Diário de Minas. Em 1934 elegeu-se deputado à Constituinte de Minas Gerais pelo Partido Progressista (PP). Com o fechamento das assembleias legislativas volta a advogar para a Caixa Econômica Federal até 1944, quando foi exonerado do cargo por ser um dos signatários do Manifesto dos Mineiros, documento divulgado em outubro de 1943, representando a primeira iniciativa dos setores liberais contra o Estado Novo.

Foi eleito deputado à Assembleia Nacional Constituinte em 1945, mesmo ano em que participou da fundação da União Democrática Nacional (UDN). Dois anos depois ganhou a eleição para o governo mineiro com coligação entre a UDN, o Partido Republicano e uma ala dissidente do Partido Social Democrático (PSD), além de integralistas e comunistas. Como governador, desenvolveu uma administração baseada na austeridade e na recuperação das finanças. Educação, agricultura, energia elétrica são algumas áreas em que mais se pôde notar a atuação de Milton Campos como governador de Minas Gerais. Foi também candidato à vice-presidência da República por duas vezes (1955 e 1960), sendo derrotado em ambas. Em 1958 elegeu-se senador por seu estado de origem. Participou ativamente das articulações que levaram ao golpe militar de 1964, que tirou João Goulart da presidência. Foi nomeado ministro da Justiça e Negócios Interiores pelo presidente Castelo Branco, demitindo-se em 1965, por não concordar com a edição do Ato Institucional Número Dois. Em 1966 foi reeleito senador. Faleceu durante seu último mandato, em Belo Horizonte, em janeiro de 1972.

Milton S. Campos é também patrono das Faculdades Milton Campos, com sede em Nova Lima.

  1. TEIXEIRA, Marcos (26 de outubro de 2022). «O insólito e o moderno em "O rato, o guarda-civil e o transatlântico", De Aníbal Machado». Aletria. Consultado em 5 de novembro de 2022 

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