Miopia | |
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Alterações no olho causadas pela miopia | |
Especialidade | Oftalmologia |
Sintomas | Visão desfocada de objetos afastados, visão normal de objetos próximos, dor de cabeça, astenopia,[1] enxergar as letras ao contrário |
Complicações | Descolamento da retina, cataratas, glaucoma[2] |
Causas | Fatores genéticos e ambientais[2] |
Fatores de risco | Antecedentes familiares, trabalho com objetos próximos, tempo em espaços fechados[2][3] |
Método de diagnóstico | Exame ocular[1] |
Prevenção | Maior tempo ao ar livre durante a infância[4] |
Tratamento | Óculos, lentes de contacto, cirurgia[1] |
Frequência | 1,5 mil milhões (22%)[2][5] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | H52.1 |
CID-9 | 367.1 |
CID-11 | 1666440799 |
OMIM | 160700, 255500, 300613, 310460, 603221, 608367, 608474, 608908, 609256, 609257, 609258, 609259, 609994, 609995, 610320, 612554, 612717, 613969, 614166, 614167, 615420, 615431, 615946 |
DiseasesDB | 8729 |
MedlinePlus | 001023 |
MeSH | D009216 |
Leia o aviso médico |
Miopia é uma condição do olho caracterizada por má visão à distância. Isto ocorre devido a um defeito de convergência dos raios luminosos, o que faz com que a imagem de objetos distantes se forme à frente da retina, em vez de na própria retina.[6][1] Isto leva a que os objetos distantes sejam vistos desfocados, enquanto que os objetos próximos parecem normais. Entre outros possíveis sintomas como dores de cabeça e astenopia.[1] A miopia grave aumenta o risco de descolamento de retina, cataratas e glaucoma.[2]
A miopia é um tipo de erro refrativo.[1] Acredita-se que a causa subjacente seja uma combinação de fatores genéticos e/ou ambientais.[2] Os fatores de risco incluem trabalho que envolva objetos próximos, maior permanência em recintos fechados e antecedentes familiares.[2][3] A miopia está também associada a classes socio-económicas mais elevadas.[2] O mecanismo subjacente envolve um comprimento excessivo do globo ocular ou, de forma menos comum, um cristalino demasiado potente.[1][7] O diagnóstico é feito através de exame ocular.[1]
Existem alguns indícios de que a miopia pode ser prevenida incentivando as crianças mais novas a passar mais tempo ao ar livre.[4][8] Isto pode estar relacionado com a exposição à luz natural.[9] A miopia pode ser corrigida com o uso de óculos, lentes de contacto ou cirurgia. Os óculos são o método mais simples e seguro de correção. Embora as lentes de contacto permitam ter um campo visual maior, estão associadas a um risco acrescido de infeções. A cirurgia refrativa altera de forma permanente o formato da córnea.[1]
A miopia é a doença de visão mais comum, estimando-se que afete cerca de 1,5 mil milhões de pessoas, ou 22% da população mundial.[2][5] A prevalência varia significativamente entre as diversas regiões do mundo.[2] Entre adultos, varia entre 15 e 49 %.[3][10] A prevalência é idêntica entre homens e mulheres.[10] Entre crianças, varia entre 1,2 % nas zonas rurais do Nepal e 37 % em algumas das maiores cidades chinesas.[2][3] Desde 1950 que a prevalência tem vindo a aumentar.[10] A miopia que não é corrigida é uma das principais causas de perda de visão em todo o mundo, a par das cataratas, degeneração macular e deficiência de vitamina A.[10]