Morcego

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Morcegos
Ocorrência: 52–0 Ma

Eoceno – Presente

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Infraclasse: Placentalia
Ordem: Chiroptera
Blumenbach, 1779
Distribuição geográfica

Subordens

O morcego é um animal mamífero da ordem Chiroptera, cujos integrantes apresentam uma fina membrana de pele entre os dedos, a qual se estende até as patas e se conecta às laterais do corpo, formando as asas. Distinguem-se das aves, pois estas possuem penas suportadas por ossos. Os morcegos são os únicos mamíferos com voo verdadeiro.[1] No Brasil, o morcego pode ser raramente chamado pelos seus nomes indígenas andirá ou guandira.[2]

Esse grupo abrange 21 famílias e 237 gêneros [3]. Representam um quinto (~ 20%) de toda as espécies de mamíferos do mundo [4] São pelo menos 1 447 espécies,[3] que possuem uma enorme variedade de formas e tamanhos, podem ter uma envergadura de cinco centímetros a dois metros, uma enorme capacidade de adaptação a quase qualquer ambiente (só não ocorrem nos polos) e uma ampla diversidade de hábitos alimentares.

Tradicionalmente, os quirópteros dividam-se em duas subordem: a Subordem Microchiroptera), que seriam os morcegos capazes de ecolocalizar pela laringe, e a Subordem Megachiroptera, que não apresentava a capacidade de ecolocalizar pela laringe. Entretanto, estudos moleculares indicaram que essa classificação não está de acordo com a filogenia do grupo, portanto, a classificação mais adequada atualmente é a divisão dos quirópteros em Yangochiroptera e Yinpterochiroptera [5]

Os morcegos têm a dieta mais variada entre os mamíferos, pois podem comer frutos, sementes, folhas, néctar, pólen, artrópodes, pequenos vertebrados, peixes e sangue.[6] Cerca de 70% dos morcegos são insetívoros, alimentando-se de insetos, sendo praticamente todo o restante frugívoros, ou seja, alimentam-se de frutas. Somente três espécies se alimentam exclusivamente de sangue: são os chamados morcegos hematófagos ou vampiros, encontrados apenas na América Latina. Dessa maneira, morcegos contribuem substancialmente para a estrutura e dinâmica dos ecossistemas,[7] pois atuam como polinizadores, dispersores de sementes, predadores de insetos (incluindo pragas agrícolas), fornecedores de nutrientes em cavernas e vetores de doenças silvestres, dentre outras funções. Possuem ainda o extraordinário sentido da ecolocalização (biossonar ou orientação por ecos), que utilizam para orientação, busca de alimento e comunicação.

  1. PERACCHI, Adriano Lucio; DE LIMA, Isaac Passos; DOS REIS, Nélio Roberto; BAVIA, Lorena. Ordem Chiroptera. In: DOS REIS, Nelio Roberto; PERACCHI, Adriano Lucio; FANDIÑO-MARIÑO, Hernán; ROCHA, Vlamir José (orgs). Mamíferos da Fazenda Monte Alegre - Paraná. Londrina: Eduel, 2005.
  2. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 158
  3. a b Mammal Diversity (2022). Acessado em 28 de setembro de 2022. Disponível em: [1]
  4. Gunnell GF and Simmons NB (2005). Fossil evidence and the origin of bats. J Mammal Evol 12:209-246.
  5. Teeling EC, Springer MS, Madsen O, Bates P, O’brien SJ and Murphy WJ (2005) A molecular phylogeny for bats illuminates biogeography and the fossil record. Science 307:580-584.
  6. Kunz TH, Fenton MB. 2003. Bat ecology. Chicago: The University of Chicago Press. 799 p.
  7. Kunz TH, de Torrez EB, Bauer D, Lobova T, Fleming TH. 2011. Ecosystem services provided by bats. Annals of the New York Academy of Sciences 1223(1):1-38.

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