Mulheres no taoismo

Estátua de porcelana de Dehua da deusa taoísta Doumu ("Mãe Concha", referente ao asterismo chinês chamado de "Concha do Norte"), adaptada da deva budista Marici, século XVIII.[1]

Os papéis das mulheres no taoísmo diferiram do patriarcado tradicional sobre as mulheres na China antiga e imperial. As mulheres chinesas tinham especial importância em algumas escolas taoistas que reconheciam suas habilidades transcendentais para se comunicar com divindades e espíritos, que frequentemente concediam a elas textos e escrituras revelados. As mulheres começaram a se destacar na Escola da Claridade mais Alta (Shangqing), fundada no século IV por uma mulher, Wei Huacun. A dinastia Tang (618–907) foi um ponto alto para a importância das mulheres taoistas, quando um terço do clero de Shangqing eram mulheres, incluindo muitas freiras taoistas aristocráticas. O número de mulheres taoistas diminuiu até o século XII, quando a Escola da Perfeição Completa (Quanzhen), que ordenou Sun Bu'er como a única mulher entre seus discípulos originais, colocou as mulheres em posições de poder. Nos séculos XVIII e XIX, as mulheres taoistas praticavam e discutiam nüdan (女丹, "alquimia interior neidan das mulheres"), envolvendo práticas específicas de gênero de meditação de respiração e visualização. Além disso, as divindades e cultos taoistas têm longas tradições na China, por exemplo, a Rainha Mãe do Ocidente, a padroeira da imortalidade xian, He Xiangu, uma dos Oito Imortais, e Mazu, a protetora dos marinheiros e pescadores.

  1. Little, Stephen (2000). Taoism and the Arts of China. [S.l.]: The Art Institute of Chicago. ISBN 0-520-22784-0 

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