O navio de linha, nau de linha ou simplesmente nau, foi uma embarcação a vela, de alto bordo, com três mastros e grande número de bocas de fogo, muito usual entre os século XVII até meados do século XIX, com a finalidade de navio de guerra ou embarcação mercante. Era forte e bem armado para compor uma linha de batalha, tática naval na qual duas linhas de navios adversários manobravam de modo a poderem usar o maior número possível dos seus canhões.[1] Como estes combates eram, normalmente, ganhos pelos navios com maior poder de fogo, tanto em número de canhões como no seu calibre, foram construídas naus de linha cada vez maiores, que se tornaram os navios mais poderosos do seu tempo.
De observar que este tipo de navio era, normalmente, referido na Marinha Portuguesa, simplesmente como "nau", que não deve ser confundida com a nau dos Descobrimentos e do Renascimento - esta também conhecida como "nau redonda". Outras marinhas designavam os navios de linha com termos alternativos como "vaso de guerra" ou simplesmente "vaso", "navio de linha de batalha", "navio de batalha" ou simplesmente "navio". Nalgumas marinhas, estes termos passaram a designar, no final do século XIX, os couraçados.
A partir do final da década de 1840, a introdução da propulsão a vapor levou à construção de navios de linha propulsados a hélice, que mantinham os seus cascos em madeira. Alguns navios à vela já existentes, foram posteriormente, adaptados com a instalação deste tipo de propulsão. A introdução dos navios couraçados no final da década de 1860 levou ao rápido declínio do navio de linha.