Neolecta

Neolecta
Neolecta irregularis
Neolecta irregularis
Classificação científica
Reino: Fungi
Sub-reino: Dikarya
Filo: Ascomycota
Subfilo: Taphrinomycotina
Classe: Neolectomycetes
O.E. Erikss. & Winka 1997[1]
Ordem: Neolectales
Landvik, O.E. Erikss, Gargas & P. Gustaffs. 1993[2]
Família: Neolectaceae
Redhead 1977[3]
Género: Neolecta
Speg. 1881
Espécies

Neolecta é um género de fungos ascomicetes que possuem corpos frutíferos com forma de colunas não ramificadas a lobadas com formato de bastão, lisas e carnosas, com cores que vão do amarelo-vivo, ao laranja e amarelo-esverdeado claro, com altura de até 7 cm.[3][4] Apesar da sua aparência, são distantemente aparentados com os fungos de Geoglossum e Microglossum.

Neolecta é o único género da família Neolectaceae, que é a única família na ordem Neolectales. Neolectales, por seu lado, é a única ordem na classe Neolectomycetes, a qual pertence ao subfilo Taphrinomycotina de Ascomycota.[5]

Neolecta é encontrado na Ásia, América do Norte, Europa do Norte e Argentina.[4] Vivem associados a árvores, e ao menos uma espécie , N. vitellina, cresce a partir de raízes menores do seu hospedeiro,[6] mas não se sabe se o fungo é parasita, saprófita, ou mutualista.[4] É supostamente comestível.[3]

Neolecta não tem quaisquer parentes próximos. Filogeneticamente, agrupa-se com um grupo bizarro de Ascomycota basais[5][7] incluindo Taphrina, um género dimórfico, meio levedura, meio fungo filamentoso, parasita de folhas, ramos e amentos; Schizosaccharomyces, um género de leveduras de fissão (p.e. Schizosaccharomyces pombe), e Pneumocystis, um género de parasitas dos pulmões dos mamíferos. Os corpos frutíferos de Neolecta consistem de hifas e um himénio. O himénio carece de paráfises e os ascos carecem de crozier, o que torna este género distinto dos fungos com aparência similar.[3][4] Neolecta vitellina forma massas de conídios por gemulação, indicando a possibilidade de que também produz um estado de levedura.[3] Contudo, até à data, não se conseguiu cultivar este género, sugerindo que seja parasita ou simbionte obrigatório. Fornece evidências importantes sobre a história evolutiva dos Ascomycota e tem sido chamado um fóssil vivo.[8]

  1. Eriksson, O.E. & K. Winka (1997). «Supraordinal taxa of Ascomycota». Myconet. 1: 1–16 
  2. Landvik, S.,; et al. (1993). «Relationships of the genus Neolecta (Neolectales ordo nov., Ascomycotina) inferred from 18S rDNA sequences». Syst. Ascom. 11. 114 páginas 
  3. a b c d e Redhead SA (1977). «The genus Neolecta (Neolectaceae fam. nov., Lecanorales, Ascomycetes) in Canada». Canad J Bot. 55: 301–306. doi:10.1139/b77-041 
  4. a b c d Landvik S, Schumacher TK; Eriksson OE, Moss ST (2003). «Morphology and ultrastructure of Neolecta species». Mycol Res. 107 (9): 1021–1031. doi:10.1017/S0953756203008219 
  5. a b Lutzoni; Kauff, F.; Cox, C. J.; McLaughlin, D.; Celio, G.; Dentinger, B.; Padamsee, M.; Hibbett, D.; James, T. Y.; et al. (2004). «Assembling the fungal tree of life: progress, classification, and evolution of subcellular traits». Amer J Bot. 91: 1446–1480. doi:10.3732/ajb.91.10.1446 
  6. Redhead SA (1979). «Mycological observations: 1, on Cristulariella; 2, on Valdensinia; 3, on Neolecta». Mycological Society of America. Mycologia. 71 (6): 1248–1253. doi:10.2307/3759112 
  7. Landvik S (1996). «Neolecta, a fruit-body-producing genus of the basal ascomycetes, as shown by SSU and LSU rDNA sequences». Mycol Res. 100 (2): 199–202. doi:10.1016/S0953-7562(96)80122-5 
  8. Landvik S, Eriksson E, Berbee ML (2001). «Neolecta—a fungal dinosaur? Evidence from β-tubulin amino acid sequences». Mycological Society of America. Mycologia. 93 (6): 1151–1163. doi:10.2307/3761675 

From Wikipedia, the free encyclopedia · View on Wikipedia

Developed by razib.in