Neolecta | |||||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||||
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Espécies | |||||||||||||||||
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Neolecta é um género de fungos ascomicetes que possuem corpos frutíferos com forma de colunas não ramificadas a lobadas com formato de bastão, lisas e carnosas, com cores que vão do amarelo-vivo, ao laranja e amarelo-esverdeado claro, com altura de até 7 cm.[3][4] Apesar da sua aparência, são distantemente aparentados com os fungos de Geoglossum e Microglossum.
Neolecta é o único género da família Neolectaceae, que é a única família na ordem Neolectales. Neolectales, por seu lado, é a única ordem na classe Neolectomycetes, a qual pertence ao subfilo Taphrinomycotina de Ascomycota.[5]
Neolecta é encontrado na Ásia, América do Norte, Europa do Norte e Argentina.[4] Vivem associados a árvores, e ao menos uma espécie , N. vitellina, cresce a partir de raízes menores do seu hospedeiro,[6] mas não se sabe se o fungo é parasita, saprófita, ou mutualista.[4] É supostamente comestível.[3]
Neolecta não tem quaisquer parentes próximos. Filogeneticamente, agrupa-se com um grupo bizarro de Ascomycota basais[5][7] incluindo Taphrina, um género dimórfico, meio levedura, meio fungo filamentoso, parasita de folhas, ramos e amentos; Schizosaccharomyces, um género de leveduras de fissão (p.e. Schizosaccharomyces pombe), e Pneumocystis, um género de parasitas dos pulmões dos mamíferos. Os corpos frutíferos de Neolecta consistem de hifas e um himénio. O himénio carece de paráfises e os ascos carecem de crozier, o que torna este género distinto dos fungos com aparência similar.[3][4] Neolecta vitellina forma massas de conídios por gemulação, indicando a possibilidade de que também produz um estado de levedura.[3] Contudo, até à data, não se conseguiu cultivar este género, sugerindo que seja parasita ou simbionte obrigatório. Fornece evidências importantes sobre a história evolutiva dos Ascomycota e tem sido chamado um fóssil vivo.[8]