Osteoporose

Osteoporose
Osteoporose
Ficar corcunda é um sintoma típico da osteoporose das vértebras.
Especialidade Reumatologia, ortopedia
Sintomas Risco acrescido de fraturas ósseas[1]
Complicações Dor crónica[1]
Início habitual 3ª idade[1]
Fatores de risco Alcoolismo, anorexia, hipertiroidismo, doenças gastrointestinais, remoção cirúrgica dos ovários, doenças renais, fumar, alguns medicamentos[1]
Método de diagnóstico Absorciometria bifotónica de raio X[2]
Tratamento Dieta adequada, exercício físico, prevenir as quedas, deixar de fumar[1]
Medicação Bifosfonatos[3][4]
Frequência 15% (50-60 anos de idade), 70% (acima dos 80 anos)[5]
Classificação e recursos externos
CID-10 M80-M82
CID-9 733.0
CID-11 2113001430
OMIM 166710
DiseasesDB 9385
MedlinePlus 000360
eMedicine med/1693 ped/1683 pmr/94 pmr/95
MeSH D010024
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Osteoporose é uma doença em que a degradação estrutural e a diminuição da densidade mineral dos ossos aumentam o risco de fraturas ósseas. É a causa mais comum de fraturas em idosos.[1] Entre os ossos que se fraturam com maior frequência estão as vértebras, os ossos do antebraço e a anca.[6] A doença geralmente não manifesta sintomas até à ocorrência de uma fratura. Os ossos podem tornar-se de tal forma frágeis que se fraturam espontaneamente ou à mínima pressão.[1]

A osteoporose pode ter origem num pico de massa óssea inferior ao normal e perda óssea superior ao normal. A perda óssea aumenta após a menopausa devido à diminuição da quantidade de estrogénio. A osteporose pode também ter origem numa série de doenças ou tratamentos, incluindo alcoolismo, anorexia, hipertiroidismo, remoção cirúrgica dos ovários e doenças renais. Alguns medicamentos aumentam o ritmo de perda óssea, entre os quais alguns anticonvulsivos, quimioterapia, inibidores da bomba de protões, inibidores seletivo de recaptação de serotonina e esteroides. A falta de exercício e o tabagismo são também fatores de risco.[1] A osteoporose é definida como a densidade mineral óssea com um desvio padrão 2,5 vezes inferior ao de um jovem adulto.[2] Este valor é geralmente medido por absorciometria bifotónica de raio X na anca.[2]

A prevenção da osteoporose inclui uma dieta adequada durante a infância e evitar os medicamentos que causam a condição. Em pessoas com a doença, a prevenção de fraturas ósseas inclui uma dieta adequada, exercício físico e a prevenção de eventuais quedas. Algumas alterações do estilo de vida podem ser benéficas, tais como deixar de fumar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas.[1] A administração de bifosfonato pode ser útil em pessoas com fraturas anteriores causadas pela osteoporose,[3][4] embora possa ser menos eficaz em pessoas sem historial de fraturas.[3][4][7] Existem também outros medicamentos que podem ser úteis.[1][8]

A osteoporose torna-se mais comum à medida que a idade avança.[1] O risco da doença é maior entre caucasianos e asiáticos.[1] Em pessoas caucasianas, a doença afeta cerca de 15% das pessoas com 50-60 anos e 70% das pessoas com mais de 80 anos.[5] É mais comum em mulheres do que em homens.[1] Nos países desenvolvidos, dependendo do método de diagnóstico, a doença afeta entre 2 e 8% dos homens e 9 e 38% das mulheres.[9] A prevalência da doença nos países em vias de desenvolvimento não é clara.[10] Em 2010, cerca de 22 milhões de mulheres e 5,5 milhões de homens na União Europeia tinham osteoporose.[11] O termo "osteoporose" tem origem nas palavras gregas para "ossos porosos".[12]

  1. a b c d e f g h i j k l m «Handout on Health: Osteoporosis». Agosto de 2014. Consultado em 16 de maio de 2015 
  2. a b c WHO Scientific Group on the Prevention and Management of Osteoporosis (2000 : Geneva, Switzerland) (2003). «Prevention and management of osteoporosis : report of a WHO scientific group» (PDF). pp. 7, 31. ISBN 9241209216 
  3. a b c Wells, GA; Cranney, A; Peterson, J; Boucher, M; Shea, B; Robinson, V; Coyle, D; Tugwell, P (23 de janeiro de 2008). «Alendronate for the primary and secondary prevention of osteoporotic fractures in postmenopausal women.». The Cochrane database of systematic reviews (1): CD001155. PMID 18253985. doi:10.1002/14651858.CD001155.pub2 
  4. a b c Wells, G; Cranney, A; Peterson, J; Boucher, M; Shea, B; Robinson, V; Coyle, D; Tugwell, P (23 de janeiro de 2008). «Risedronate for the primary and secondary prevention of osteoporotic fractures in postmenopausal women.». The Cochrane database of systematic reviews (1): CD004523. PMID 18254053. doi:10.1002/14651858.CD004523.pub3 
  5. a b «Chronic rheumatic conditions». World Health Organization. Consultado em 18 de maio de 2015 
  6. Golob, AL; Laya, MB (maio de 2015). «Osteoporosis: Screening, Prevention, and Management.». The Medical clinics of North America. 99 (3): 587–606. PMID 25841602. doi:10.1016/j.mcna.2015.01.010 
  7. Wells GA, Cranney A, Peterson J, Boucher M, Shea B, Robinson V, Coyle D, Tugwell P (23 de janeiro de 2008). «Etidronate for the primary and secondary prevention of osteoporotic fractures in postmenopausal women». Cochrane Database of Systematic Reviews (1): CD003376. PMID 18254018. doi:10.1002/14651858.CD003376.pub3 
  8. Nelson HD, Haney EM, Chou R, Dana T, Fu R, Bougatsos C (2010). «Screening for Osteoporosis: Systematic Review to Update the 2002 U.S. Preventive Services Task Force Recommendation [Internet].». Agency for Healthcare Research and Quality. PMID 20722176 
  9. Wade, SW; Strader, C; Fitzpatrick, LA; Anthony, MS; O'Malley, CD (2014). «Estimating prevalence of osteoporosis: examples from industrialized countries.». Archives of osteoporosis. 9 (1). 182 páginas. PMID 24847682. doi:10.1007/s11657-014-0182-3 
  10. Handa, R; Ali Kalla, A; Maalouf, G (agosto de 2008). «Osteoporosis in developing countries.». Best practice & research. Clinical rheumatology. 22 (4): 693–708. PMID 18783745. doi:10.1016/j.berh.2008.04.002 
  11. Svedbom, A; Hernlund, E; Ivergård, M; Compston, J; Cooper, C; Stenmark, J; McCloskey, EV; Jönsson, B; Kanis, JA; EU Review Panel of, IOF (2013). «Osteoporosis in the European Union: a compendium of country-specific reports.». Archives of osteoporosis. 8 (1-2). 137 páginas. PMID 24113838. doi:10.1007/s11657-013-0137-0 
  12. King, Tekoa L.; Brucker, Mary C. (2011). Pharmacology for women's health. Sudbury, Mass.: Jones and Bartlett Publishers. 1004 páginas. ISBN 9780763753290 

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