Otaku

O popular bairro de Akihabara, em Tóquio, atração turística para os otaku.

Otaku (おたく, オタク, ou ヲタク?) é um termo japonês usado para se referir principalmente a pessoas com interesse especial em animes e mangás. Seu uso contemporâneo originou-se de um ensaio de 1983 de Akio Nakamori em uma revista de mangás, a Manga Burikko. Otaku pode ter significado pejorativo; seu significado pejorativo, que decorre de uma visão estereotipada dos otaku como "excluídos da sociedade" e das reportagens da mídia sobre Tsutomu Miyazaki, "O Assassino Otaku", em 1989. De acordo com estudos publicados em 2013, o termo se tornou menos negativo, e um número cada vez maior de pessoas agora se identificam como otaku, tanto no Japão quanto em outros lugares. De 137.734 adolescentes que participaram de uma pesquisa ​​no Japão em 2013, 42,2% se identificaram como um tipo de otaku.[1]

A subcultura Otaku é um tema central de vários trabalhos de animes e mangás, documentários e pesquisas acadêmicas. A subcultura começou na década de 1980, acompanhando a mudança das mentalidades sociais e o cultivo de características otaku por escolas japonesas, onde alguns indivíduos excluídos socialmente começaram a dedicar boa parte de suas vidas aos animes e mangás como forma de escapar do "mundo real". O nascimento da subcultura coincidiu com o boom dos animes, após o lançamento de obras como Mobile Suit Gundam, antes de se ramificar para o Comiket. A subcultura otaku continuou a crescer com a expansão da internet e da mídia, à medida que mais animes, videogames, programas e mangás eram criados.[2] A definição de otaku posteriormente tornou-se mais complexa, e numerosas classificações para definir o que significava o termo otaku surgiram. Em 2005, o Nomura Research Institute dividiu os otaku em doze grupos e estimou o tamanho e o impacto no mercado de cada um desses grupos. Outras instituições dividiram em ainda mais grupos ou se concentraram em um único público otaku. Essas publicações classificam grupos distintos, incluindo os que gostam de animes, mangás, câmeras, automóveis, idols e eletrônicos. Em 2005, o impacto econômico dos otaku foi estimado em 2 trilhões de ienes (cerca de 18 bilhões de dólares).[3]

  1. 矢口 (2 de abril de 2013). «自分のことを「オタク」と認識してる人10代は62%、70代は23%» (em japonês). Mynavi. Consultado em 14 de maio de 2021. Cópia arquivada em 27 de abril de 2013 
  2. Okamoto, Takeshi (2014). «Otaku Tourism and the Anime Pilgrimage Phenomenon in Japan». Japan Forum (em inglês). 27: 12–36. ISSN 0955-5803. doi:10.1080/09555803.2014.962565 
  3. «Otaku Business Gives Japan's Economy a Lift». Web-Japan.org. 30 de agosto de 2005. Consultado em 19 de agosto de 2013. Cópia arquivada em 14 de março de 2014 

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