PAL-M é o sistema de televisão em cores analógico utilizado pelo Brasil, desde sua primeira transmissão oficial, na Festa da Uva em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, em 19 de fevereiro de 1972, numa colaboração entre a TV Difusora, TV Rio, TV Piratini e TV Caxias.[1]
Consiste em utilizar o sistema PAL de codificação do sinal de cor em uma sub-portadora, no padrão de formação de imagem "M". Foi a solução encontrada na época da adoção do sistema de cor para que, desta forma, as transmissões em cores pudessem ser recebidas pelos aparelhos em preto-e-branco sem a necessidade de adaptadores, e vice-versa.
Entre 1962 e 1963 foi possível a recepção de programas em cores no Brasil no sistema NTSC, através de experiências de emissoras como a Rede Tupi e a Rede Excelsior em programas específicos na cidade de São Paulo,[2] além da apresentação de seriados americanos já produzidos em cores, tais como Bonanza.[3] Entretanto, o custo dos televisores importados dos Estados Unidos fora proibitivo devido às inúmeras leis protecionistas que haviam à época, a política tecnológica brasileira mudou devido à instauração do regime militar de 1964 e apenas no início da década de 1970 o Brasil já desenvolveu o PAL-M e viabilizou o formato.
O padrão PAL-M, híbrido dos sistemas norte-americano (de resolução de tela) e europeu (de codificação de sinais de cor), desde sua criação durante o regime militar até hoje é adotado apenas no Brasil. Sendo assim, todo e qualquer aparelho gerador ou receptor de sinais analógicos coloridos de TV — de televisores em si a consoles de videogame e aparelhos de DVD — produzido para algum outro mercado do mundo que não seja o brasileiro precisará de adaptadores (chamados “transcoders”) para conseguir funcionar no país.