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A paisagem cultural é definida pela interação entre o ambiente natural e as atividades humanas, onde se criam tradições, folclore, arte e outras expressões da cultura, resultando em uma paisagem natural modificada. Na descrição da UNESCO, as paisagens culturais são "ilustrativas da evolução da sociedade e dos assentamentos humanos ao longo do tempo, sob a influência de condicionantes e/ou oportunidades físicas apresentadas pelo seu ambiente natural, e de sucessivas forças sociais, econômicas e culturais, tanto externas quanto internas".[1]
Esse conceito foi uma evolução de ideias sobre paisagismo desenvolvidas na Europa e Estados Unidos a partir do século XVIII, na perspectiva de uma natureza jardim, onde o homem exercia um papel decisivo em sua organização, "uma natureza recriada e moldada com os valores estéticos do homem", como disse Cristiane Magalhães. A partir do fim do século XIX foram incorporadas definições de geógrafos da Escola de Berkeley, que cunharam o termo Kulturlandschaft, cuja tradução é exatamente "paisagem cultural", mas para eles a natureza pouco tinha a ver com essas paisagens. Em 1925, no trabalho The morfology of landscape, Carl Sauer propôs a superação da divisão entre paisagens de natureza e paisagens de cultura, proposta que foi aprofundada e adotada pela UNESCO.[2][3]