Paracoccidioidomicose

Paracoccidioidomycosis
Paracoccidioidomicose
Paracoccidioides brasiliensis
Especialidade infecciologia
Classificação e recursos externos
CID-10 B41
CID-9 116.1
CID-11 268777657
DiseasesDB 29815
eMedicine med/1731
MeSH D010229
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A paracoccidioidomicose (PCM), é uma doença endêmica do continente sul americano, causada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis [1]. No Brasil, que concentra 80% dos casos reportados mundialmente, é popularmente conhecida como doença do tatu[2] ou doença do capim [3].É comumente referida como doença de Lutz-Splendore-Almeida, granulomatose paracoccidióidica ou blastomicose sulamericana [1]. Entretanto, esta última designação, apesar de ainda ser amplamente usada no meio médico e acadêmico, foi abolida na década de 1970 [3], uma vez que o agente etiológico da blastomicose é o fungo Blastomyces dermatitidis, geograficamente restrito à América do Norte e África Centro-Oriental [4].

A PCM é a mais significativa infecção fúngica profunda na América do Sul e por ter um caráter sistêmico, pode afetar todos os órgãos do corpo, entretanto, atinge com maior frequência os pulmões, mucosas orais e respiratórias, pele, linfonodos, ossos, meninges, glândulas suprarrenais e tubo digestório, o que faz com que o quadro clínico seja bastante variado [5][6]. Não há relatos de isolamento de P. brasiliensis em outras regiões do planeta e nos casos de surgimento da doença em locais não endêmicos, há invariavelmente o histórico de trânsito nas zonas onde ela é prevalente [7].

  1. a b Góes, Alfredo Miranda de; Silva, Lílian da Silva Santos; Araújo, Stanley de Almeida; Cruz, Samuel Gonçalves da; Siqueira, Weverton César; Pedroso, Enio Roberto Pietra (2014). «Paracoccidioidomycosis disease (Lutz-Splendore-Almeida): etiology, epidemiology, and pathogenesis». Revista Médica de Minas Gerais (em inglês). 24 (1). ISSN 2238-3182. doi:10.5935/2238-3182.20140018 
  2. Jovem de 17 anos morre vítima de 'doença do tatu' e amigo está em estado grave no Sul do Piauí
  3. a b Monteiro, Danielle. «Doença rural negligenciada afeta 30 mil brasileiros». Agencia Fiocruz. Consultado em 6 de maio de 2020 
  4. Ortner, Donald J. (2003). Identification of pathological conditions in human skeletal remains 2nd ed ed. San Diego, CA: Academic Press. OCLC 51746200 
  5. Costa, Marlos Augusto Bitencourt; Carvalho, Tarcísio Nunes; Araújo Júnior, Cyrillo Rodrigues de; Borba, Ana Olívia Cardoso; Veloso, Gerson Augusto; Teixeira, Kim-Ir-Sen Santos (2005). «Manifestações extrapulmonares da paracoccidioidomicose». Radiologia Brasileira. 38 (1): 45–52. ISSN 0100-3984. doi:10.1590/S0100-39842005000100010 
  6. Caroni, Mariana Malheiros; Frigotto, Giovana dos Santos; Kuschnir, Maria Cristina Caetano; Aquino, José Henrique (2007). «Paracoccidioidomicose juvenil». Adolescência & Saúde. 4 (4) 
  7. Trad, Henrique Simão; Trad, Clovis Simão; Elias Junior, Jorge; Muglia, Valdair Francisco (2006). «Revisão radiológica de 173 casos consecutivos de paracoccidioidomicose». Radiologia Brasileira. 39 (3): 175–179. ISSN 0100-3984. doi:10.1590/S0100-39842006000300005 

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