Partido Liberal (1831)

 Nota: Para o partido político brasileiro, fundado por Álvaro Valle, existente no período 1985-2006, veja Partido Liberal (1985). Para o partido político brasileiro anteriormente chamado "Partido da República" e fundado em 2006, veja Partido Liberal (2006).
Partido Liberal
Partido Liberal (1831)
Fundação c. 1831
1866[1]
Registro 7 de abril de 1831[2]
1868
Dissolução 15 de novembro de 1889
Sede Rio de Janeiro (MN)
Ideologia
Espectro político Centro
Religião Católica romana[nota 1]
Publicação Tribuna Liberal
Antecessor Partido Liberal Exaltado (1831-1840)
Liga Progressista (1868)
Sucessor Liga Progressista (1864)
Partido Liberal-radical (1868)
Partido Republicano (1870)
Membros Diogo Antônio Feijó, Joaquim Nabuco
País Império do Brasil Império do Brasil
Presidentes do Conselho de Ministros
(1847 - 1889)
14 / 32
Política do Brasil

Partidos políticos

Eleições

Carta de comunicação de decisão, de Antônio Moreira de Barros a Couto de Magalhães. APESP

O Partido Liberal foi um partido político brasileiro do período imperial, surgido por volta de 1831 e extinto com o Golpe Militar de 15 de novembro de 1889. Autossimbolizava-se através da figura de um bem-te-vi.

Sua ideologia propunha a defesa dos interesses dos senhores rurais e das camadas médias urbanas sem compromissos diretos com a escravidão. Com base de apoio nas províncias do centro-sul do país, tinha como grande rival o Partido Conservador, o qual defendia a manutenção da dominação política das elites escravocratas rurais.

Já em 1864 surge a Liga Progressista, cujos principais líderes foram Nabuco de Araújo, José Antônio Saraiva, Zacarias de Góis e Silveira da Mota. A Liga Progressista, porém, durou apenas quatro anos (de 1864 a 1868). Progressistas e liberais históricos se uniram formando o novo Partido Liberal em 1868. Já os liberais radicais fundaram o Partido Republicano em 1870. O novo Partido Liberal passou a defender um programa político que não se restringia à questão da centralização do poder, defendendo temas como a abolição da escravatura e eleições diretas.

O Partido Liberal diferia do Partido Conservador quanto ao método ou ao modo de lidar com a realidade social. Os conservadores apostavam num poder central forte, enquanto os liberais defendiam a autonomia das províncias e valorizavam a representação nacional (deputados eleitos). Embora a diferença de posição entre conservadores e liberais não fosse grande nem irreconciliável, ambos adotavam processos absolutamente iguais, usando da máquina administrativa de acordo com suas necessidades eleitoralistas, a ponto de o Imperador D. Pedro II do Brasil registrar em suas notas particulares que "a nossa principal necessidade política é a liberdade de eleição" e também dar comidas aos pobres sem defesa.

Em 1878 se inicia o chamado Septênio Liberal, período de sete anos em que os liberais se sucedem no poder e aprovam reformas importantes no país, como a Lei Saraiva, reforma eleitoral que introduziu, pela primeira vez, o sufrágio direto no Brasil.

  1. Brasiliense A. (1878). Os programas dos partidos políticos e o Segundo Império. Partido Liberal-radical (em português). São Paulo: Tipografia de Jorge Seckler. p. 25. 264 páginas 
  2. Brasiliense A. (1878). Os programas dos partidos políticos e o Segundo Império. Partido Liberal (em português). São Paulo: Tipografia de Jorge Seckler. p. 7-10. 264 páginas 


Erro de citação: Existem etiquetas <ref> para um grupo chamado "nota", mas não foi encontrada nenhuma etiqueta <references group="nota"/> correspondente


From Wikipedia, the free encyclopedia · View on Wikipedia

Developed by Tubidy