Pol Pot

Pol Pot
Pol Pot
Pol Pot
Secretário-geral do Partido Comunista do Kampuchea
Período 22 de fevereiro de 1963
a 6 de dezembro de 1981
Antecessor(a) Tou Samouth
Sucessor(a) Cargo abolido
27.º Primeiro-ministro do Camboja
Período 25 de outubro de 1976
a 7 de janeiro de 1979
Presidente Khieu Samphan
Antecessor(a) Nuon Chea (interino)
Sucessor(a) Pen Sovan
Período 14 de abril de 1976
a 27 de setembro de 1976
Presidente Khieu Samphan
Antecessor(a) Khieu Samphan (interino)
Sucessor(a) Nuon Chea (interino)
Dados pessoais
Nome completo Saloth Sâr
Nascimento 19 de maio de 1925
Kampong Thom
Indochina Francesa
Morte 15 de abril de 1998 (72 anos)
Anlong Veng
Camboja Camboja
Nacionalidade cambojano
Alma mater EFREI
Cônjuge Khieu Ponnary (c. 1956; div. 1979)
Mea Son (c. 1986; m. 1998)
Partido CPK
PCF
Ocupação Político
Assinatura Assinatura de Pol Pot

Pol Pot (Quemer: សាឡុត ស; Kampong Thom, 19 de maio de 1925 – Anlong Veng, 15 de abril de 1998) nascido Saloth Sar foi um político e revolucionário cambojano. Foi primeiro-ministro do Kampuchea Democrático entre 1976 e 1979. Ideologicamente um marxista-leninista e um nacionalista qumer, ele foi um dos principais membros do movimento comunista do Camboja, o Quemer Vermelho, de 1963 a 1997 e serviu como Secretário-geral do Partido Comunista do Kampuchea de 1963 a 1981. Sob sua administração, o Camboja foi convertido em um estado comunista de partido único, governado de acordo com a própria interpretação de Pol Pot do marxismo-leninismo.

Nasceu filho de um próspero fazendeiro em Prek Sbauv, na Indochina Francesa, Pol Pot foi educado em algumas das escolas de elite do Camboja. Enquanto esteve em Paris durante a década de 1940, ele ingressou no Partido Comunista Francês. Retornando ao Camboja em 1953, ele se envolveu na organização marxista-leninista Việt Minh e em sua guerra de guerrilha contra o novo governo independente do rei Norodom Sihanouk. Após o retiro do Việt Minh em 1954 para o Vietnã do Norte, controlado por Marxistas-Leninistas, Pol Pot retornou a Phnom Penh, trabalhando como professor e permanecendo um membro central do movimento Marxista-Leninista do Camboja. Em 1959, ele ajudou a formalizar o movimento no Partido dos Trabalhadores do Kampuchea, que mais tarde foi renomeado Partido Comunista de Kampuchea (CPK). Para evitar a repressão estatal, em 1962 ele se mudou para um acampamento na selva e em 1963 tornou-se o líder do CPK. Em 1968, ele relançou a guerra contra o governo de Sihanouk. Depois que Lon Nol depôs Sihanouk em um golpe de 1970, as forças de Pol Pot ficaram do lado do líder deposto contra o governo de Lon Nol, que foi reforçado pelos militares dos Estados Unidos. Ajudadas pelas milícias Việt Cộng e pelas tropas do Vietnã do Norte, as forças do Qumer Vermelho de Pol Pot avançaram e controlaram todo o Camboja em 1975.

Pol Pot transformou o Camboja em um estado de partido único chamado Kampuchea Democrático. Procurando criar uma sociedade socialista agrária que ele acreditava que evoluiria para uma sociedade comunista, o governo de Pol Pot deslocou à força a população urbana para o campo para trabalhar em fazendas coletivas. Prosseguindo o igualitarismo completo, o dinheiro foi abolido e todos os cidadãos foram obrigados a usar a mesma roupa preta. Os considerados inimigos pelo governo foram mortos. Esses assassinatos em massa, aliados à desnutrição e aos maus cuidados médicos, mataram entre 1,5 e 2 milhões de pessoas, aproximadamente um quarto da população do Camboja, período mais tarde denominado genocídio cambojano. A eliminação repetida do CPK gerou crescente descontentamento; em 1978, soldados cambojanos estavam montando uma rebelião no leste. Após vários anos de confrontos nas fronteiras, o recém-unificado Vietnã invadiu o Camboja em dezembro de 1978, derrubando Pol Pot e instalando um governo marxista-leninista rival em 1979. O Qumer Vermelho se retirou para as selvas perto da fronteira com a Tailândia, de onde continuaram a lutar. Com a saúde em declínio, Pol Pot se afastou de muitos de seus papéis no movimento. Em 1998, o comandante do Qumer Vermelho, Ta Mok, colocou Pol Pot em prisão domiciliar, tendo morrido logo depois.

Tomando o poder no Camboja no auge do impacto global do marxismo-leninismo, Pol Pot mostrou-se divisivo entre o movimento comunista internacional. Muitos afirmaram que ele se desviou do marxismo-leninismo ortodoxo, mas a China apoiou seu governo como um baluarte contra a influência soviética no sudeste da Ásia. Para seus apoiadores, ele era um defensor da soberania cambojana diante do imperialismo vietnamita e se opunha ao revisionismo marxista da União Soviética. Por outro lado, ele foi denunciado internacionalmente por seu papel no genocídio cambojano, considerado um ditador totalitário culpado de crimes contra a humanidade.


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