Port Royal

 Nota: Para outros significados, veja Port Royal (desambiguação).
Ilustração de Port Royal

Port Royal ou Port Royale como era chamada na época em que a cidade estava em domínio dos espanhóis (Porto Real,[1] na sua forma portuguesa), era o centro de navegação e de comércio na Jamaica até ao sismo de 7 de junho de 1692 ter destruído a cidade quase completamente, fazendo dois terços da cidade afundar no mar caribenho. Desse modo, a cidade ficou a comando de Kingston.

Situada no extremo oeste do banco de areia de Palisadoes, Port Royal ganhou a reputação no século XVII de "cidade mais rica" e "cidade mais perversa" do mundo. A cidade era notável pela sua rica economia e falta de valores morais, além de ser um lugar convencional para os piratas trazerem e gastarem seus tesouros. Após o sismo de 7 de junho de 1692, muitos acreditaram que este havia sido um "Ato Divino" pela fama da cidade de pecadora. Durante o século XVII, o Reino Unido ativamente encorajava e até pagava bucaneiros situados em Port Royal para atacar navios franceses e espanhóis. Entre o período de conquista da Jamaica pelo Reino Unido e o sismo de 1692, Port Royal foi a capital da Jamaica, sucedida por Spanish Town e posteriormente por Kingston.

Em 7 de junho de 1692, um devastador sismo atingiu a cidade deslocando a areia sobre a qual a cidade havia sido construída. Um tsunami em seguida pôs a cidade definitivamente sob as águas. Mesmo assim, alguns arqueólogos acharam alguns sítios intactos. O terremoto e a tsunami combinados mataram entre 1 000 e 3 000 pessoas, mais de metade da população.

Houve tentativas de reconstrução da cidade, começando com o terço da cidade que não havia afundado, mas essas tentativas foram abaladas por diversos desastres. A primeira tentativa de reconstrução da cidade foi um desastre devido a um incêndio em 1704. As tentativas seguintes foram paradas devido a furacões e logo Kingston superou Port Royal em importância.

Um devastador sismo em 14 de janeiro de 1907 destruiu quase toda a cidade que fora reconstruída até então. Hoje a área é uma sombra de sua forma original com 2 000 habitantes com importância política e econômica quase nula. O lugar é visitado por turistas mas está atualmente em estado de abandono. O governo jamaicano decidiu recentemente investir na região devido à importância histórica e turística do lugar.

  1. Gonçalves, Rebelo (1947). Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa. Coimbra: Atlântida - Livraria Editora. p. 358 

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