Desde a data de anexação à China, o nome oficial de Macau é "Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da China" (RAEM). Após o estabelecimento da RAEM, Macau atua sob os princípios do Governo Popular Central da RPC de "um país, dois sistemas", da "Administração de Macau pela Gente de Macau" e de "Alto Grau de Autonomia", gozando por isso de um estatuto especial, semelhante ao de Hong Kong, e possuindo consequentemente um elevado grau de autonomia, limitado apenas no que se refere às suas relações exteriores e à defesa.
O primeiro português a chegar e visitar o Sudeste da China foi Jorge Álvares, em 1513, durante a Era dos Descobrimentos. Ele levantou um padrão com as armas de Portugal no porto de Tamau, localizado numa ilha vizinha de Sanchuão (ou Sanchoão), na foz do Rio das Pérolas, perto de Macau. A esta visita seguiu-se o estabelecimento ilegal e provisório, na área, de inúmeros comerciantes portugueses, construindo edifícios de apoio em madeira que seriam destruídos quando os comerciantes, depois de realizar seus negócios, partiam. Os portugueses ainda não eram autorizados a permanecer, obtendo somente o estatuto de visitante.
Em 1517, Fernão Pires de Andrade, o chefe de uma expedição portuguesa com destino à China, conseguiu negociar com as autoridades chinesas de Cantão a entrada do embaixador português Tomé Pires em Pequim e o estabelecimento de uma feitoria em Tamau. Mas, devido às atitudes hostis de seu irmão Simão de Andrade, construindo uma fortaleza em Tamau e atacando embarcações chinesas, Tomé Pires foi preso e morto pelas autoridades chinesas de Pequim e o Imperador chinês proibiu o comércio com os portugueses. Apesar dessa ordem imperial, os comerciantes portugueses continuaram a sua actividade comercial e os mandarins da região, subornados com dádivas, permitiu, ilegalmente, aos portugueses instalarem-se na ilha de Sanchuão para continuarem o seu negócio.
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Pedro Nolasco lecionou chinês no Seminário de São José, no Liceu de Macau e no Instituto Industrial. Atuou como editor dos jornais "Echo do Povo" (publicado em Hong Kong), "O Macaense" e "Echo Macaense". Também exerceu as funções de inspector da educação pública, presidente da Associação dos Proprietários do Teatro D. Pedro V, fundador do Asilo dos Orfãos, vogal do Conselho da Província (1892), vogal do Tribunal de Contas (1897), vogal do Conselho do Governo (1899) e oficial do Batalhão Nacional. Ele teve também algumas experiências empresariais, sendo membro da direcção da Companhia de Cimento da Ilha Verde (1891) e fundador da Farmácia Popular (1895).
Sendo um visionário, Pedro Nolasco da Silva introduziu, na educação portuguesa local, o estudo dos principais valores neoconfucianos, cuja compreensão era fundamental para perceber a mentalidade e conduta dos chineses, que eram a maioria da população de Macau e das suas vizinhanças. Sendo um católico muito religioso e devoto, ele tinha um grande conhecimento em filosofia e teologia, atuando como presidente da Confraria da Imaculada Conceição.