A primeira onda do feminismo refere-se a um período de atividade feminista durante o século XIX e início do século XX em todo o mundo, em particular em países como França, Reino Unido, Canadá, Países Baixos e Estados Unidos. Este movimento debruçou-se sobre questões jurídicas, visando principalmente a conquista do direito ao voto feminino (o direito de voto).
O feminismo tem sua origem no século XVIII, especificamente no Iluminismo. Neste movimento cultural e filosófico houve controvérsias sobre a igualdade e as diferenças de gênero. Na época surgiu um novo discurso crítico utilizando as categorias universais desta filosofia política, de forma que o Iluminismo não era feminista em suas raízes.
As origens políticas do feminismo vieram da Revolução Francesa (1789). Este evento elevou a igualdade jurídica, as liberdades e os direitos políticos a seus objetivos centrais, entretanto logo ficou clara a grande contradição que marcou a luta feminista: as liberdades, os direitos e a igualdade legal, as as grandes conquistas das Revoluções Liberais, não contemplaram as mulheres. A teoria política de Rousseau, p.ex. projetou a exclusão das mulheres do campo da propriedade e dos direitos. Foi então a partir, possibilitato por e crtiticando as conquistas da Revolução Francesa, que a voz das mulheres começou a se expressar coletivamente.
O termo "primeira onda" foi cunhado em março de 1968 por Marsha Lear ao escrever na The New York Times Magazine, quem, ao mesmo tempo, também usou o termo "segunda onda do feminismo".[1][2] Na época da segunda onda, o movimento feminista passou a lutar contra as desigualdades enfrentadas de facto pelas mulheres, uma forma de distinguir-se dos objetivos das feministas anteriores.