Produto interno bruto do Brasil

Mapa das unidades federativas do Brasil segundo o produto interno bruto de 2017: (em reais de 2017)[1]
  + 2 trilhões
  + 640 bilhões
  + 320 bilhões
  + 160 bilhões
  + 80 bilhões
  até 80 bilhões
Mapa das unidades federativas do Brasil segundo o produto interno bruto de 1939: (em reais de 2010)[2]
  + 16 bilhões
  + 8 bilhões
  + 4 bilhões
  + 2 bilhões
  + 1 bilhão
  até 1 bilhão

O produto interno bruto do Brasil é um indicador do tamanho da economia brasileira. Esse indicador econômico corresponde à soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços produzidos internamente em determinada época mais os impostos sobre os produtos e menos os subsídios não incluídos no valor dos produtos usando a metodologia de cálculo do órgão governamental Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).[3] Na contagem do produto interno bruto (PIB), exclui-se da conta todos os bens de consumo de intermediário e considera-se apenas bens e serviços finais. Isso é feito com o intuito de evitar a dupla contagem, cujo valores gerados na cadeia de produção aparecem contados duas vezes na soma do PIB.[4]

Quando se refere a mudanças no crescimento periódico do indicador, isso diz o fluxo de novos bens e serviços;[5] sua composição básica constitui, conforme a metodologia do IBGE: consumo das famílias + consumo do governo + formação bruta de capital fixo (investimentos) + saldo da balança comercial (exportações - importações). É importante destacar que o instituto costuma revisar trimestralmente o Sistema de Contas Nacionais, logo certas mudanças nos dados deste artigo apenas serão atualizadas após a divulgação de dados precisos sobre o recálculo de crescimento do PIB real.

Ao dividir o produto interno bruto de um ano pelo ano anterior, não necessariamente resulta em valor de crescimento efetivo; isto se deve à diferença entre o PIB nominal e o PIB real, no qual este último desconta a inflação acumulada e normalmente tem como base a moeda nacional vigente. Portanto, o tamanho efetivo de crescimento é medido conforme o PIB real.

No continente americano, o valor do PIB brasileiro em dólares estadunidenses só não é maior que o dos Estados Unidos, porém ultrapassando o Canadá e México.[6] Em 2011, chegou a ser a sexta maior economia do mundo, um recorde até então.[7][8] Entretanto, em 2012, a economia voltou à sétima posição na classificação mundial, o que foi atribuído nos anos conseguintes, pelo menos em parte, à desvalorização da moeda brasileira – o real.[9][10] Durante a década de 2010, o PIB do país se manteve finalmente dentre os dez maiores países do mundo, com algumas leve variantes na posição. Em 2018, assim como em 2017, o IBGE determinou que o PIB real brasileiro cresceu 1,3% em relação a 2015 e 2016. Tal crescimento se verificou após duas quedas consecutivas nestes dois anos, ambas superiores a 3%.[11] A penúltima vez onde ocorreram duas quedas consecutivas em território foram em 1930 e 1931, meio ao reflexo à crise econômica de 1929, bem conhecida como a Grande Depressão, motivada pela quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, New York Stock Exchange (NYSE).

Em 2016, tendo em vista sempre valores nominais ao decorrer do texto, o PIB totalizou 6,3 trilhões de reais (1,8 trilhão de dólares estadunidenses), de acordo com dados do Banco Mundial.[12] Houve queda de 3,3% em relação a 2015. Em 2015, o PIB totalizou 6,0 trilhões de reais (1,8 trilhão de dólares estadunidenses), havendo queda ainda mais acentuada de 3,6% em relação a 2014 devido à crise político-econômica no país.[13]

Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil voltou a ser a oitava maior economia do mundo em 2017 após subir 1 posição em relação aos anos de 2015 e 2016, isto é, em números brutos de comparação país a país, sem considerar quantidade de habitantes.[14][15] Anteriormente, o país estivera na sétima posição em 2010 e durante 2012 a 2014.[16]

Ao mesmo tempo em que o PIB do Brasil o tem colocado entre as maiores economias do mundo, quando se consideram os valores do PIB per capita (PIB dividido pela população), a situação do país é muito diferente. Em 2018, o mesmo posicionou-se na 77ª posição mundial, cujo valor foi de 8.920 de dólares estadunidenses por habitante segundo o FMI. A previsão do banco Goldman Sachs num relatório de 2007 aponta que o Brasil atingirá em 2050 um PIB de 11,3 trilhões de dólares estadunidenses e um PIB per capita de 49.759 de dólares estadunidenses, tornando-se assim a quarta maior economia do planeta.[17]

Em 2017, de acordo com o IBGE, o setor de serviços respondeu pela maior parte do PIB, com 73,2%,[18] seguido pelo setor industrial, com 21,2%, enquanto que a agricultura representou 5,7%.[19] De acordo com a metodologia utilizada pelo Banco Mundial, no entanto, em 2018 o setor de serviços correspondeu a 62,6%, depois pelo setor industrial, com 18,4%, manufatura, 9,7%, e agricultura, 4,4%; por fim a formação bruta de capital fixo, ou investimentos em termos simples, constituiu 15,8% do PIB, bem abaixo de 20,9% observado no período pré-crise. Além disso, segundo o Banco Central do Brasil, neste mesmo ano a dívida pública bruta brasileira figurou 76,5% do PIB, atingindo percentual máximo desde 2001, ano de início da nova série histórica.

  1. «Sistema de Contas Regionais - SCR». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 14 de novembro de 2019 
  2. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «PIB Estadual a preços constantes - 1939». IPEAData. Consultado em 29 de janeiro de 2020 
  3. «Datos gratuitos, estadística, análise, visualização & partilha - knoema.com». Knoema. Consultado em 12 de setembro de 2019 
  4. Robert J. Gordon. «Macroeconomia» 
  5. «Produto Interno Bruto - PIB | IBGE». www.ibge.gov.br. Consultado em 6 de setembro de 2019 
  6. «GDP (current US$) | Data». data.worldbank.org. Consultado em 20 de julho de 2019 
  7. «The World Factbook — Central Intelligence Agency». www.cia.gov 
  8. Brasil ultrapassa Reino Unido e se torna 6ª economia do mundo. Crise bancária de 2008 e a consequente recessão foram as principais causas da queda britânica. Istoé, 26 de dezembro de 2011.
  9. Brasil perde posto de sexta maior economia. Desvalorização do real em relação ao dólar fez o País voltar para sétima posição no ranking, atrás do Reino Unido. Jornal do Do 17 de dezembro de 2012
  10. Desvalorização do real pode derrubar Brasil em ranking de economias. Por Marcos Troyjo. BBC, 28 de maio 2012.
  11. PIB avança 1,0% em 2017 e fecha ano em R$ 6,6 trilhões. IBGE Agência de Notícias, 1º de março de 2018.
  12. The World Bank. GDP (current US$). Brazil.
  13. International Monetary Fund. World Economic Outlook Database, April 2016 Report for Selected Countries and Subjects (1980-2015). Country: Brazil. Subject Descriptor: Gross domestic product, current prices. Units: U.S. dollars. Scale:Billions
  14. Na corrida mundial, Índia ultrapassa França e Brasil passa à frente de Itália. Expresso, 20 de abril de 2018.
  15. O que é o PIB - IBGE
  16. Gross domestic product 2010 (millions of US dollars) Ranking. World Development Indicators database, World Bank, 1º de julho de 2011.
  17. Goldman Sachs, Global Economics Paper No: 153 Arquivado em 31 de março de 2010, no Wayback Machine., visitado em 31 de agosto de 2009
  18. «Agropecuária puxa o PIB de 2017. IBGE: Crescimento acumulado do setor foi de 14,5%» 
  19. «PIB brasileiro cresce 1% em 2017 após dois anos de queda, mostra IBGE». Valor Econômico 

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